Metal Beer Festival – Paulinía/SP

Domingo de Páscoa, término de feriado prolongado, calor. Como não fui viajar e nem comemoro Páscoa, a melhor opção foi conferir o Metal Beer Festival, em Paulínia/SP. E, pelo visto, foi a opção de vários headbangers da região também.

A primeira banda a se apresentar foi a única que eu ainda não tinha tido oportunidade de ver ao vivo: a Remords Posthume, de Campinas/SP, com seu Black Metal sombrio e interessante visual. Após um começo com som embolado, ajustes foram feitos e a banda pôde mostrar músicas de seus EPs, “Les Poètes Maudits – Litanies I” e “Adagio For Lucifer – Litanies II” (ambos de 2010) e algumas músicas novas. Sua sonoridade crua e direta foi um ótimo aquecimento para o público e seus pescoços, pois muito ainda estava por vir.

E veio em forma de caos sonoro com a Exterminatorium, banda de Brutal Death Metal, de Suzano/SP. Músicas de sua demo “Preludium of Armageddon” (2009), bem como algumas músicas novas, foram executadas com rapidez e insanidade fazendo com que todos batessem cabeça, quase que literalmente.

Escarnium, de Salvador/BA, está virando minha “tradição de Páscoa”: segundo ano consecutivo em que presencio show dessa banda (bem como da Madness) nessa data. Com um Death Metal violento e de qualidade, os headbangers puderam conferir músicas da (ótima, diga-se de passagem) demo “Covered In Decadence” (2009) e sons novos que farão parte do EP, ainda a ser lançado. Certamente esse quarteto já conquistou vários fãs pelo interior de São Paulo. E ainda tocaram um cover do Hypocrisy, para deleite dos presentes.

Na sequência, os piracicabanos da Madness mostraram que a troca de baterista (Wevelin Corteiro assumiu o posto antes ocupado por Heric Tumor Blast) e o hiato só fizeram bem. As músicas das demos “Limbus – The Threat Of Six” (2007) e “Fury In Blood” (2008) ganharam uma cara nova que eu, particularmente, gostei. Também tocaram músicas novas, mostrando um Death Metal brutal e uma apresentação empolgante.

Mortage, a penúltima banda da noite, não deu trégua para o público com seu Thrash/Death Metal e judiou ainda mais dos pescoços da galera. A banda de Campinas/SP acabou de lançar o segundo álbum intitulado “The War Is Not Over” e mesclou músicas deste álbum com o anterior, “Trench For Evolution” (2006).

Com um público já cansado e escasso, Sangrena, banda de Amparo/SP que já abriu para nomes como Krisiun e Nile, ficou encarregada de fechar o festival, executando um Death Metal técnico, agressivo e rápido. Quem pôde ficar até o final não se arrependeu com a apresentação coesa da banda, que tocou músicas de seu último álbum, “Blessed Black Spirit” (2009).

Ponto negativo do festival, não só desse, mas de praticamente todos os shows e festivais: atraso considerável para começar (principalmente em um domingo), fato que acaba prejudicando bandas e público, que é obrigado a ir embora no meio do evento fazendo com que as últimas bandas toquem para meia dúzia de pessoas.