Marduk e Enthroned – Hangar 110 – São Paulo/SP

Novamente a Tumba Production presenteou o público brasileiro com ícones do metal extremo, dessa vez com Marduk e Enthroned, duas bandas que dispensam apresentações. O show ocorrido no dia 11 de agosto no Hangar 110, na capital paulista, teve como bandas de abertura a paulistana Mørk VisdoM e a catarinense Khrophus.

Passava das sete horas de uma quente noite de inverno quando a horda Mørk VisdoM, formada por Kerak Troyll (vocal), Kazoth Bey (guitarra), Doom HellHound (baixo), Fenrir Sulfr (teclados) e Lord Agramon (bateria) deu início à sua curta mas eficiente apresentação. O tradicional corpse paint ajudou a compor o visual da banda, que aqueceu o público que começava a tomar conta do lugar, com músicas como Natureza Obscura e Lucifer’s Triumph, que encerrou os pouco mais de vinte minutos de profanação sonora.

Mudando um pouco de estilo, mas sem perder o peso e a agressividade, Alex Pazetto (vocal e baixo), Carlos Fernandes (bateria) e Adriano Ribeiro (guitarra) mostraram aos presentes somente músicas inéditas, como Forbidden Melodies e Dead Face, que farão parte do álbum a ser lançado em setembro. Apesar de problemas com ajustes de som da guitarra e da bateria logo no começo do show, o Khrophus deu seu recado com um death metal brutal, veloz e técnico.

E então era chegada a hora dos blasfêmicos do Enthroned, atualmente composto por Nornagest (vocal), Neraath e Peter Noens (guitarras), Phorgath (baixo) e Garghuf (bateria). Às 20h50, o palco foi tomado por esse quinteto sombrio ao som de Deathmoor, do mais recente trabalho da banda, Obsidium (2012), e no qual o set escolhido para esse show foi focado. O gigante Nornagest é um ótimo frontman, fez uma apresentação vigorosa e mostrou-se bem simpático, arriscando um Obrigado! entre uma música e outra, e saudando os fãs com um Bom dia! (???). O visual do baterista Garghuf e do guitarrista Peter Noens, ambos com capuzes cobrindo parte de seus rostos, ajudou a compor o clima obscuro que a sonoridade do Enthroned possui. A plateia passou de ansiosa para extasiada, pois pode apreciar The Burning Dawn, Under The Holocaust, Vermin – só para citar algumas – ao vivo. O encerramento de quase uma hora de show ficou a cargo de Evil Church, fazendo com que os belgas deixassem o palco bastante aplaudidos.

Intervalo para recuperar o fôlego e o público que lotou o Hangar 110 se aglomerou defronte ao palco para aguardar a apresentação dos suecos. E que apresentação o Marduk fez! On Darkened Wings abriu o set, seguida por Nowhere, No-One, Nothing. E, como uma metralhadora, Evil (guitarra), Devo (baixo), Mortuus (vocal) e Lars Broddesson (bateria) seguiram emendando uma música à outra, sem dar trégua aos pescoços dos incansáveis fãs. Difícil resumir mais de vinte anos de carreira em pouco mais de uma hora de show, mas o Marduk conseguiu reunir hinos de diversas épocas, como Still Fucking Dead (Here’s No Peace), de 1992, Azrael, de 2001, até Warschau 2: Headhunter Halfmoon, de 2011, sem esquecer das músicas do álbum Serpent Sermon (2012). A plateia vibrava a cada música executada e a clássica e obrigatória Baptism By Fire, tocada com extrema rapidez, incendiou o público. Outra música indispensável é Panzer Division Marduk, porém ela indicava que o show aproximava-se do fim. Após a mesma, a banda deixou o palco por uns minutos para retornar com Wolves, encerrando assim, às 23h30, mais uma memorável passagem do grupo por São Paulo.

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