Numa fria noite de sábado na capital paulista, fomos ao Clash Club, localizado na Barra Funda, para acompanhar as apresentações das bandas finlandesas Enthring e Korpiklaani. Parecia até que as bandas tinham trazido um pouquinho do clima de seu país de origem nas bagagens, o que viria a ser apenas mais um “ingrediente” para que a noite tivesse todo o clima que era preciso para ser ainda melhor.
Antes do início dos shows (e também durante o intervalo), pudemos conferir as performances (que já se tornaram constantes nos eventos de folk metal realizados por aqui) do grupo Ordo Draconis Belli, realizadas no meio da pista mesmo, com demonstrações de combates de diferentes períodos e povos do cenário medieval e usando armas reais. Muito legal o trabalho dos caras.
Por volta das 19h30, subiu ao palco o Enthring, com seu Symphonic Death/Viking Metal. Apesar de alguns problemas no som durante o show, e levando-se em conta o fato da banda não ser conhecida por aqui e ter um estilo de som bem diferente do praticado por seus conterrâneos que viriam na sequência, eles até que tiveram uma boa receptividade, conseguindo arrancar um bom número de aplausos do público durante o seu set. Quem esteve por lá e curtiu, terá a oportunidade de rever a banda na próxima terça-feira (12/06), quando eles se apresentarão como atração principal da noite em um evento no Blackmore Rock Bar.
Depois de mais algumas demonstrações medievais à cargo do Ordo Draconis Belli, pouco depois das 21h, era chegada a hora da tão aguardada atração principal, o Korpiklaani. Pouco mais de dois anos depois de sua primeira apresentação por aqui, também realizada no Clash Club, a banda estava de volta à cidade divulgando seu mais recente trabalho de estúdio, Ukon Wacka, lançado no ano passado. E o que viria a partir daí seria uma baita festa, para nenhum fã botar defeito.
Desde o início, com Hunting Song, o carismático Jonne Järvelä (vocais e guitarra) e seus comparsas Cane (guitarra), Jarkko Aaltonen (baixo), Matson (bateria), Juho Kauppinen (acordeon) e o novo integrante Tuomas Rounakari (violino) já colocaram a galera pra pular e dançar, o que persistiu durante praticamente todo o seu set, mesclando músicas mais recentes com outras já consideradas verdadeiros “hinos” pelos fãs. Muito festejados, visivelmente felizes e se divertindo muito com a ótima recepção, a banda tratou logo de retribuir todo o apoio e alegria do público com uma segunda metade do show ainda mais contagiante, pois vieram na sequência Vodka (com direito a uma bela “degustação” por parte de Cane, que chegou até a distribuir umas goladas diretamente nas bocas dos que estavam mais próximos ao palco), Wooden Pints, uma inesperada, porém, competente cover de Iron Fist, do Motörhead, que contou até com solo de violino, a divertidíssima e sempre empolgante Happy Little Boozer, Tequila (que teve até um sambinha improvisado no começo, pois a música foi feita em homenagem aos fãs da América do Sul e cita até nossa famosa caipirinha) e a já emblemática Beer Beer. E, depois disso tudo, ainda voltaram para um rápido bis, para a felicidade de todos. Com a missão devidamente cumprida a banda rapidamente agradeceu ao público e se despediu.
Quem foi certamente se divertiu muito e saiu satisfeito do evento, pois foi uma verdadeira festa para os fãs do estilo.
Setlist Enthring:
The Grim Tales + I, the Exiled
Rend Me Asunder
Maelstrom
The Vengeance Orchestra
Realm of the Forsaken
The Last Heartbeat of an Era
Silent Chanter
Citadel
Setlist Korpiklaani:
Hunting Song
Journey Man
Cottages & Saunas
Juodaan Viinaa
Lonkkaluut
Kipumylly
Metsälle
Vaarinpolkka
Vodka
Wooden Pints
Iron Fist (Motörhead cover)
Happy Little Boozer
Tequila
Beer Beer
Bis
Pellonpekko
Tuoppi Oltta
Ii Lea Voibmi