Considerada um dos maiores expoentes do chamado “metal sinfônico”, a banda holandesa Epica desembarcou novamente em São Paulo, na última sexta-feira, para mais uma apresentação na já tradicional Via Funchal, para a alegria de seus fanáticos fãs.
O show, parte da turnê latino-americana de divulgação de seu quinto trabalho de estúdio Requiem For The Indifferent, lançado em março, não chegou a lotar a casa, mas conseguiu atrair um público relativamente considerável, levando-se em conta o fato de que a banda tem sido presença constante por aqui nos últimos anos.
A abertura da noite, assim como já havia acontecido no show de 2010, ficou por conta dos gaúchos do Tierramystica. Infelizmente, não consegui chegar a tempo de conferir a apresentação do grupo, mas pelos comentários que ouvi enquanto esperava pelo Epica, fizeram um bom show e saíram aplaudidos.
Após um pequeno atraso, por volta das 21h45, tem início uma longa introdução e, um a um, os integrantes do Epica vão surgindo no palco. Mark Jansen (guitarra e vocais guturais), Isaac Delahaye (guitarra), Rob Van Der Loo (baixo), Ariën Weesenbeek (bateria) e Coen Janssen (teclado), todos excelentes músicos, acabam sendo considerados quase que figurantes até a aguardada entrada da bela e carismática vocalista Simone Simons.
A banda começa então com Monopoly on Truth, faixa que abre o último álbum, acompanhada por algumas labaredas à frente do palco e, na sequência, já emendam com Sensorium, para o delírio do público. Seguiram então com as rápidas Unleashed e Martyr of the Free Word, e mais uma do último trabalho, a longa e cheia de nuances Serenade of Self-Destruction.
A essa altura, como já era de esperar, a banda tinha o público em suas mãos, e faria todos ficarem ainda mais animados com o que viria logo a seguir, assim que anunciaram que tocariam sua música mais famosa, a clássica Cry for the Moon, que teve seu grudento refrão cantado a plenos pulmões por quase todos os presentes. A apresentação continuou com seu último single, Storm the Sorrow, que funcionou muito bem ao vivo, e vieram então The Obssessive Devotion e Sancta Terra.
Simone disse, então, que fariam uma pequena competição para descobrir quem era o fã que agitava mais. Ao som das velozes levadas do baterista Ariën e muitos gritos e berros depois, escolheram uma menina que estava bem à frente do palco. Ela foi chamada para subir ao palco e agitar com a banda ao som de Quietus e por lá a sortuda fã permaneceu durante toda a música.
A próxima seria uma das mais esperadas, a longa e empolgante The Phantom Agony, faixa-título do primeiro trabalho do grupo, com seus quase dez minutos de duração. Eles então saem do palco, bastante aplaudidos. E o público pede por mais.
Após uma rápida pausa, o tecladista Coen volta ao palco e, visivelmente emocionado, diz que aquele era um dia triste, pois haviam perdido um dos membros da “família Epica” chamado Simon Oberender, que trabalhava no Gate Studio, onde a banda gravou seus últimos trabalhos. O músico, então, dedicou a próxima música, Delirium, ao amigo. Logo após, veio Blank Infinity, e a derradeira música da noite, a longa e épica Consign to Oblivion, faixa que quase sempre encerra suas apresentações.
A banda agradeceu bastante dizendo que São Paulo tem sempre um dos melhores públicos de todo o mundo, e que voltarão ainda muitas e muitas vezes pra cá, pois adoram tocar aqui. Com essas palavras, foi evidente que todos os fãs ficaram muito felizes e já ansiosos por sua próxima apresentação por aqui.
Setlist:
Karma
Monopoly on Truth
Sensorium
Unleashed
Martyr of the Free Word
Serenade of Self-Destruction
Cry for the Moon
Storm the Sorrow
The Obsessive Devotion
Sancta Terra
Quietus
The Phantom Agony
Bis:
Delirium
Blank Infinity
Consign to Oblivion