A turnê Waiting for the End to Come 2014 finalmente chegou ao Reino Unido com um espetáculo absolutamente convincente. O giro recebeu esse nome por causa do álbum mais recente dos poderosos headliners, os canadenses do Kataklysm, que foi lançado em outubro.

Esta noite foi sobre três dos melhores exemplos do death metal, começando com os mafiosos italianos do Fleshgod Apocalypse. Atualmente em turnê para divulgar seu mais novo disco, Labyrith, o Fleshgod Apocalypse sempre sabe como cativar sua plateia voraz. As dimensões do palco do The Underworld, notoriamente pequenas, e alguns problemas no som no começo da apresentação não fizeram justiça à grandeza de uma banda tão honrosa.

Fleshgod Apocalypse – foto: Fabiola Santini

O piano de Francesco Ferrini deveria estar mais visível para experimentarmos um contato mais próximo com um incrível, talentoso e vigoroso músico. Quando o frontman Tommaso Riccardi deu início a The Hypocrisy, o público explodiu em frenesi. Era apenas 19:30, mas a casa de shows já estava lotada, porque ninguém queria perder nada dessa apresentação de 40 minutos de um death metal técnico e sinfônico.

Fleshgod Apocalypse – foto: Fabiola Santini

Na bateria, a batida de Francesco Paoli é, ao mesmo tempo, esmagadora de ossos e apaixonante em sua sublime perfeição: The Deceit e seu clássico The Violation deixam marcas que não podem ser apagadas. Ah! Não foi uma surpresa quando o Fleshgod Apocalypse foi confirmado para participar da próxima edição do Inferno Festiva, o festival norueguês que acontecerá em Oslo, entre os dias 16 e 19 de abril, abrindo o show dos mestres do Dimmu Borgir.

Da Itália para o Brasil, os londrinos sentiram muito a falta do Krisiun. Os irmãos Kolesne finalmente voltaram com a fúria de seu death metal underground, que tem conquistado as mais diversas plateias de todo o mundo desde 1990. Em 2014, seu fogo continua queimando. A energia no palco é uma poderosa mistura de riffs magnéticos e uma bateria matadora que alimenta os incontroláveis mosh-pits.

Krisiun – foto: Fabiola Santini

The Will to Potency, Vicious Wrath e Blood of Lions, um hino da brutalidade absoluta, tomaram o público como lava em chamas. O Krisiun está em uma posição onde a técnica encontra a paixão e produz excelência, constantemente tomando forma.

De volta ao Reino Unido após uma maravilhosa performance no Bloodtock Open Air, o Kataklysm teve a honra de encerrar a noite. O vocalista Maurizio Iacono toma o palco com a confiança de um guerreiro, pronto para conquistar sua coroa. Entre o set list soberbo, faixas como Like Animals, Blood on the Swans e Iron Will foram os pontos altos da noite.

Kataklysm – Foto: Fabiola Santini

Havia muita devoção merecida rolando: o que parecia ser um mosh-pit mortal não era mais do que uma poderosa reverência. Crippled and Broken fechou a noite mais cedo do que desejávamos: ninguém queria ver o Kataklysm ir embora. Seu papel era claro, embora, para o público, esta noite contou com três bandas e três headliners.

Clique aqui e confira aqui todas as fotos desse show