Por: Renato Valença

Pouco mais de três anos e meio após a sua primeira passagem pelo País, a banda norte-americana de death metal Nile desembarcou novamente por aqui na última semana, para uma série de três shows. Depois de tocar em Curitiba no dia 19, a banda chegou a São Paulo para se apresentar no Carioca Club. No dia seguinte, a banda tocaria ainda em Porto Alegre.

Como banda de abertura, tivemos o Imperious Malevolence, de Curitiba. Desde 1995 na ativa, e promovendo seu quarto disco, Doomwitness, lançado em agosto, o trio curitibano fez uma curta, porém competente apresentação, mostrando ao público um death metal coeso e de muita qualidade.

Imperious Malevolence
Foto: Vivi Carvalho

Após um intervalo de aproximadamente 45 minutos, a intro Dusk Falls… seria o prenúncio do que viria a seguir. O quarteto norte-americano, capitaneado pelo grande Karl Sanders (guitarra e vocais), e que conta ainda com Dallas Toler-Wade (vocais e guitarra), Todd Ellis (baixo e vocais) e o exímio baterista George Kollias, logo invadiu o palco para iniciar o massacre.

Atualmente divulgando o seu sétimo trabalho de estúdio, intitulado At the Gate of Sethu, lançado em 2012, o grupo surpreendeu e começou mesmo foi com a rápida Sacrifice Unto Sebek, para alegria dos seus fãs. Voltando um pouco no tempo, tocaram a já clássica Defiling the Gates of Ishtar e as mais recentes Kafir e Hittite Dung Incantation, que também foram muito bem recebidas pelos presentes.

Nile
Foto: Vivi Carvalho

Demonstrando um ótimo entrosamento e toda a sua apurada técnica, o quarteto seguiu com as novas The Inevitable Degradation of Flesh, Enduring the Eternal Molestation of Flame e Supreme Humanism of Megalomania, que mesmo não sendo tão conhecidas por parte do público, mostraram porque o Nile é uma das bandas mais respeitadas do estilo na atualidade.

Uma nova viagem no tempo trouxe a quase épica The Blessed Dead e The Howling of the Jinn, música dos primórdios da banda. Sem muito falatório e nenhuma enrolação, a apresentação continuou com a cadenciada Ithyphallic, seguida de Sarcophagus e a ótima Lashed to the Slave Stick.

Nile
Foto: Vivi Carvalho

Um fato que deve ser citado é que o Nile, além de praticar um death metal bastante técnico, e de ter como sua maior fonte de inspiração a mitologia egípcia, possui o diferencial de ter os seus vocais divididos entre Karl, Dallas e Todd, o que trás claramente uma dinâmica muito intensa para os shows do grupo.

Para fechar muito bem a noite, tivemos ainda a longa Utas Slayer of the Gods e a clássica Black Seeds of Vengeance, totalizando praticamente uma hora e meia de apresentação. Os músicos se despediram rapidamente após os merecidos aplausos e, dessa forma, encerraram com chave de ouro a extensa maratona de grande shows internacionais que ocorreram e marcaram história em São Paulo durante o ano de 2013.

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Setlist Nile:

Dusk Falls Upon the Temple of the Serpent on the Mount of Sunrise (intro)
Sacrifice Unto Sebek
Defiling the Gates of Ishtar
Kafir!
Hittite Dung Incantation
The Inevitable Degradation of Flesh
Enduring the Eternal Molestation of Flame
Supreme Humanism of Megalomania
The Blessed Dead
The Howling of the Jinn
Ithyphallic
Sarcophagus
Lashed to the Slave Stick
Unas Slayer of the Gods
Black Seeds of Vengeance