The Winery Dogs – Carioca Club – São Paulo/SP

Uma nova banda, com músicos mais do que conhecidos e muito respeitados na cena. Esse é o The Winery Dogs, trio formado pelos experientes e talentosos Richie Kotzen (vocais e guitarra, ex-Poison e ex-Mr. Big), Billy Sheehan (baixo, Mr. Big) e Mike Portnoy (bateria, ex-Dream Theater e ex-Adrenaline Mob), e que acaba de lançar seu primeiro álbum, que leva apenas o nome do grupo. Após alguns shows pelo Japão, que marcaram a estreia da banda nos palcos, o trio chegou ao Brasil na última semana para uma série de quatro shows, nas cidades do Rio de Janeiro (onde esteve sold-out), São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.

O show na capital paulista foi realizado no Carioca Club e, mais uma vez, a casa recebeu um ótimo público nessa noite, mesmo com o show sendo realizado numa sexta-feira às 19h, horário um pouco complicado para todos que trabalham e têm que encarar o sempre caótico trânsito da cidade. De qualquer forma, a grande maioria do público se programou e chegou à tempo. E praticamente sem atraso, o trio subiu ao palco e deu início ao seu show com a empolgante Elevate, primeira faixa divulgada e que abre o recém-lançado debut. Sem perder tempo, seguiram com We Are One e Criminal, muito bem executadas e mostrando que mesmo com os poucos shows realizados até aqui, o grupo já está bem entrosado. Acho que nem é preciso falar muito sobre a performance individual de cada um, pois todos sabem da competência e talento que os virtuosos músicos possuem.

O show seguiu a todo vapor, com One More Time, Time Machine (que quase ninguém havia ouvido ainda, pois só foi lançada na versão americana do álbum), a balada Damaged e a ótima Six Feet Deeper, que funcionou muito bem ao vivo. Após esta última, Kotzen e Sheehan saíram rapidamente do palco para um rápido solo de Portnoy, e voltaram logo em seguida para a execução de The Other Side, que também foi bastante aplaudida. Era então a vez de Billy Sheehan fazer o seu solo, demonstrando toda sua incrível técnica e porque é considerado por muitos um dos melhores baixistas do rock.

A belíssima balada You Saved Me deu prosseguimento ao show, antes da mais agitada Not Hopeless, que exigiu um pouco mais dos vocais de Kotzen, que na sequência ficou sozinho no palco e, só no violão, fez todo mundo cantar junto com ele em Stand, cover do Poison. Com Sheehan e Portnoy de volta, o trio tocou uma parte de You Can’t Save Me, uma das músicas mais conhecidas do trabalho solo de Kotzen, e logo emendou com Shine, do Mr. Big, uma das que mais empolgou o público presente, que ouviu ainda I’m No Angel, e depois dos muitos pedidos (que demoraram para serem atendidos) de Portnoy para que as luzes fossem reduzidas e focadas apenas em Kotzen, para as mais calmas The Dying e Regret.

O trio, então, saiu rapidamente do palco, e como já era de se esperar, voltou pouco depois para o bis com uma ótima versão de Fooled Around And Fell In Love, cover do músico Elvin Bishop, e encerrou sua incrível apresentação com Desire, outra música digna de aplausos, e que acredito ter sido uma excelente escolha para fechar a noite. Após aproximadamente 1 hora e 40 minutos de show, e muito aplaudidos por todos, os músicos agradeceram presença do público e brevemente se despediram.

Quem esteve no Carioca, certamente não se arrependeu, mesmo que tenha corrido para conseguir chegar no horário marcado, pois foi um grande show. Não só para quem curte rock, mas sim para todos os apreciadores de boa música.

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