Eluveitie – Via Marquês – São Paulo/SP

Pela terceira temporada consecutiva, o Brasil recebeu os suíços do Eluveitie para shows no começo do ano. Dessa vez em uma turnê maior abrangendo mais cidades pelo País, e em São Paulo, em local diferente dos últimos anos. Com mais espaço e estrutura em relação ao Estúdio Emme, o Via Marquês foi escolhido para o evento que contou com as já tradicionais vendas de hidromel e apresentações de batalhas medievais.

Apesar disso, alguns problemas ocorreram. Anna Murphy (voz e hurdy gurdy) adoeceu logo no início da tour, impedindo que ela fizesse os shows da etapa sul-americana e retornou à Suiça, onde está sob tratamento. Dessa forma, sem a presença de Anna, o set teve de ser reduzido e as faixas as quais ela cantaria, cortadas do repertório. A banda também sofreu um atraso no translado entre o Motorcycle Rock Cruise e a cidade de São Paulo, fazendo com que o show tivesse início mais de uma hora depois do previsto.

Logo no começo da apresentação, o líder da banda, Chrigel Glanzmann, pediu desculpas pelo atraso, explicou a ausência de Anna e agradeceu a paciência de todos. A primeira parte do show contou com a execução do recém-lançado álbum Helvetios, na mesma ordem do CD, com exceção das faixas com vocal feminino. A ausência do hurdy gurdy não atrapalhou as melodias e deu a impressão até delas estarem bem mais pesadas. Novamente, os paulistanos ficaram sem ouvir a faixa A Rose For Epona, pois no ano passado, Anna não pode cantá-la.

As faixas de Helvetios funcionam perfeitamente ao vivo, sem exceção e a banda executou-as de forma primorosa. Após uma pausa, a banda voltou ao palco para, agora, tocar as músicas de seus outros álbuns. O público, que já estava acompanhando a banda nas letras, nessas faixas, não se deixou levar pelo cansaço já presente em muitos pela espera e, como esperado, fez bonito. Muitos agradecimentos são feitos por parte da banda, inclusive ao fã clube daqui que, de acordo com eles, é o principal.

A indispensável Inis Mona surgiu no final do set list, cantada em coro pela plateia que, se não encheu o Via Marquês, era de maior número que o show do ano passado. E Tegernakô encerrou a noite após aproximadamente uma hora e meia de apresentação, que demonstrou o quanto o Eluveitie cresceu no Brasil, sendo uma das poucas bandas a ter um público constante e crescente entre a maratona de shows que o País vem recebendo.

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