Por Cesar Gomes Filho
Nota: 08.0/10.0
Seria a banda paranaense GRIMM a nova representante de peso do Grunge nacional?! Só o tempo irá dizer, mas o que estes caras apresentam neste debut homônimo é de muita qualidade, já que condensam tudo que nos foi apresentado na cena de Seattle, nos anos noventa, e põem um tempero bem brasileiro. Este tipo de conduta resultou é um trabalho extremamente interessante, e que pode vir a se tornar referência dentro do nosso país, em um curto espaço de tempo. Anotem aí!
O principal nome que me veio à mente quando escutei este álbum foi o Alice in Chains. Além dele, temos aqui muitas referências ao Nirvana, da fase “Nevermind”, mas nada que soe como cópia. A GRIMM apenas opta por seguir um caminho bem similar aos dois citados e, pelo que me consta, isso não é nenhum crime. Se você tem um projeto, vai necessariamente partir de um ponto de origem que, fatalmente, já foi usado por alguém anteriormente. Neste caso, ao escutar uma música como “Please Stand By”,meio que se torna impossível não rememorar a época de ouro do Alice in Chains, por exemplo. Já “Eletric Doom House” denota algo mais Metal, que flerta com o período de Ozzy Osbourne no Black Sabbath, nos idos anos setenta.
Assim como o Alice in Chains, que flertava muito com o Metal, a GRIMM faz o mesmo, todavia, de uma maneira bem mais tímida. E isso seria algum demérito?! A resposta será sim, se você, caro leitor, for um metalhead de carteirinha. Caso contrário, tal detalhe passará batido, certamente. No meu caso, como tenho a mente mais aberta, curti “Grimm” sem qualquer tipo de preconceito e admito que foi uma experiência ótima. Se você se identificou com este texto, não deixe passar e vá direto ouvir os caras no spotify, pois será muito bacana e eu assino embaixo!