Por: (Arte Metal)
O Overkill chega ao seu 18º disco de estúdio e os fãs podem continuar tranquilos. Afinal, durante os 37 anos de carreira, a banda nunca decepcionou sua legião de fiéis seguidores. Claro, nem todos os discos lançados soaram clássicos, mas a discografia dos norte-americanos pode ser considerada uma das mais regulares dentro do Thrash Metal.
De qualquer forma, a evolução que a banda mostrou gradativamente continua neste novo trabalho que talvez seja o mais diversificado dos anos 2000. “The Grinding Wheel” é um disco que traz uma aura mais despojada, a volta do flerte com o Heavy Metal tradicional e menos ‘groove’.
O melhor de tudo é que com essa versatilidade, a banda continua soando pesada e bem característica. Mérito dos riffs poderosos de Dave Linsk e Derek “The Skull” Tailer, que fazem um trabalho irrepreensível, inclusive nos solos nada mirabolantes e sempre proporcionais.
Não precisa dizer muito da cozinha, né? Até porque D.D. Verni é um dos melhores baixistas do estilo e aqui apresenta suas linhas tradicionais que soam independentes em diversos momentos e com timbres de ótimo gosto. Tudo acompanhado pela bateria cheia de pegada de Ron Lipnicki.
O carismático vocalista Bobby “Blitz” Ellsworth continua destilando seus vocais esganiçados, porém com mais técnica e variação, mas nada que descaracterize. Por fim, a produção a cargo da própria banda com masterização e mixagem de Andy Sneap é a cereja do bolo.
Mean, Green, Killing Machine, Goddamn Trouble, Our Finest Hour e a épica faixa título são os grandes destaques, mas o disco proporciona uma audição prazerosa durante toda sua audição com músicas não menos empolgantes. Pra fechar com chave-de-ouro a versão nacional vem numa lindíssima digipack e ainda traz um ótimo cover para Emerald do Thin Lizzy. Excelente!
Nota: 9,0
Tracklist:
- Mean, Green, Killing Machine
- Goddamn Trouble
- Our Finest Hour
- Shine On
- The Long Road
- Let’s All Go to Hades
- Come Heavy
- Red, White and Blue
- The Wheel
- The Grinding Wheel
Links sobre a banda: