Por: (Arte Metal)

Rótulo é uma coisa complicada, pois é essencial para um crítico de música e incomoda a maioria das bandas. Enfim, é um mal necessário. Porém, muitas vezes é algo que não se consegue encontrar, principalmente em se tratando de uma banda versátil e este é o caso do It’s All Red neste seu terceiro disco.

Que a banda aposta no Metal moderno é fato, mas o leque destes gaúchos é bem aberto. Em Lead By The Blind encontramos elementos que vão desde o Rock alternativo, passando pelo Metalcore, Thrash Metal e até do famigerado Melodic Death Metal. Mas, quem pensa que a banda se perde e não cria identidade está completamente enganado.

Aproveitando bem de seu senso melódico, o It’s All Red destila músicas enérgicas, com dose de peso necessária e uma acessibilidade incomum (guardadas as devidas proporções). Riffs e solos bem elaborados e com timbres bem escolhidos dão a tônica e se aliam a uma cozinha técnica e precisa. Aliás, técnica e coesão são pontos fortes do grupo.

O vocalista Tom Zynski, que estreia em estúdio neste álbum, caiu como uma luva e investe em linhas mais brandas, gutural e rasgados de forma agradável e agressiva. Aliás, o baixista Gabriel Siqueira e o guitarrista Juliano Ângelo também estreiam em Lead By The Blind. Completam o time Rafael Siqueira (guitarra) e Renato Siqueira (bateria).

Os destaques, além da ótima produção a cargo de Rafael Siqueira e da banda, são Integrate Forever(acertadamente escolhida como clipe), Plavalaguna, Mritak, Propagates The Rage e Birth Of Liquid Desires. Os vocais foram produzidos por Iuri Sanson (Hibria) que faz participação em duas faixas no disco. A arte da capa é outro ingrediente de ótimo gosto. Pode não ser o som mais diferente do mundo, mas Lead By The Blind representa e muito bem o Metal atual.

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Nota: 8,5

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Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.