Por: (Arte Metal)
Talvez o PATRIA seja o nome do Black Metal nacional mais consistente atualmente dentro do estilo e que mais soa ‘globalizado’, se é que o leitor me entende. Se não entende, diga-se que o grupo é aquele tipo que sai um pouco das tradições do estilo no Brasil e soa tão bombástico e intenso quanto às bandas gringas.
Quem quiser levar pelo lado pejorativo pode ficar à vontade, mas há um diferencial entre o Black Metal feito para os portes internacionais em relação àqueles que preferem se manter no underground, o que não define qualidade, mas sim um estilo diferenciado, como cuidado na produção geral e profissionalismo, por exemplo.
Mas, voltando a “Magna Adversia”, sexto trabalho do grupo gaúcho, temos em mãos uma obra prima do estilo, que consegue trazer equilíbrio em vários quesitos. O primeiro a chamar atenção é a produção. A cargo da banda e com co-produção de Øystein G. Brun (BORKNAGAR), a sonoridade consegue soar ríspida como o estilo pede, porém atual, mostrando uma ‘contradição’ que caiu como uma luva à proposta.
Já as composições trazem um clima totalmente caótico, carregado e com prioridade na velocidade, porém não fugindo de uma melodia apocalíptica, angustiante, que causa certa inquietude no ouvinte. Isto é, elementos fundamentais para um estilo que tende a ir contra padrões e incomodar a humanidade.
A variação rítmica e o peso também mostram dosagem na medida certa, sendo que o trabalho pode soar odioso e compreensível ao mesmo tempo, neste último caso para os fãs de outros subgêneros do Metal é claro. As composições não poderiam ser diferentes, todas, além de se completarem, não se sobrepõem, obrigando o ouvinte a cultuar o disco por inteiro, pois as dez faixas mostram qualidades imprescindíveis. Que disco!
Nota: 9,0
Tracklist:
- Infidels
- Axis
- Heartless
- A Two Way Path
- Communion
- Now I Bleed
- Arsonist
- The Oath
- Porcelain Idols
- Magna Adversia
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