Por: (Arte Metal)
Parece que foi ontem o lançamento do debut “Bellicus Profanus” (1999) e lá se vão quase vinte anos. Agora, os paulistanos do OCULTAN, antes como uma promessa do Black Metal nacional, chegam ao seu décimo disco de estúdio e 16 trabalhos no total, sendo uma das principais manifestações do estilo na América Latina.
O novo disco mantém a proposta da banda trazendo evoluções naturais, soando bem espontâneo. O Black Metal ríspido e cru da banda se faz presente com toda rusticidade que sempre lhe foi peculiar, mas desta vez trazendo alguns elementos a mais, o que não influencia negativamente em praticamente nada.
Fato é que o OCULTAN mostra uma maturidade e conhecimento de causa absurdos em “Quintessence”, trazendo uma maior variação rítmica e até quebradas, muito bem executadas pela forte cozinha. Uma boa dose de melodia enriquece ainda mais os arranjos, mostrando que a banda não se prende apenas a extremismos.
A naturalidade da produção é algo que falta e muito no Black Metal atual e o OCULTAN consegue atingir esse objetivo, trazendo algo bem orgânico com uma excelência nos timbres, tanto das guitarras – que trazem riffs bem elaborados, além de solos propícios – passando pela bateria e o baixo consistente.
O clima diabólico e ao mesmo tempo um tanto quanto agonizante permeia o tracklist, que tem como destaque faixas como Kalima, Dragão Negro, Queen of Shadows, Apophis e Father of The True Light. A bela arte do trabalho a cargo de Count Imperium e a rica embalagem digipak são a cereja do bolo.
Nota: 8,5
Tracklist:
- Intro
- Kalima
- Dragão Negro
- Queen of Shadows
- Apophis
- Set – Typhon
- Father of the True Ligth
- Anti Cosmic Legion
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