Por: (Arte Metal)
Nunca é tarde pra descobrir novas bandas, sim, porque quando o leitor descobre uma banda, ela passa a ser nova pra você, mesmo tendo gravado dez discos. Filosofias à parte, estes poloneses do Obscure Sphinx são um grande exemplo de boa descoberta, além de surpreendentes.
No cenário do Rock/Metal a mulher ganhou mais espaço (e merece mais), porém os estilos em que as ‘divas’ costumam aparecer são os mais tradicionais. Neste caso, já que o Obscure Sphinx aposta em subgêneros menos comuns, a surpresa fica por conta da cantora da banda.
Sim, cantora, afinal a vocalista Wielebna (também responsável pelos samples) investe nos berros e também canta suavemente muito bem quando o Sludge/Doom Metal executado pelo grupo pede. E caiu muito bem à proposta, afinal, as linhas do estilo costumam soar comuns em vozes masculinas.
O instrumental não foge muito à regra. As músicas cadenciadas contrastam com a raiva que emana de seus climas, coisas que só o Sludge proporciona. Guitarras sujas tradicionalmente incluídas, sendo que a banda também gosta de apostar em algumas passagens mais ‘ambient’ e outras acústicas.
A produção do disco é de primeira e soa orgânica, não dando bola pras ‘paradas’ envernizadas do mundo atual. Nothing Left e At the Mouth of the Sounding Sea, curiosamente as faixas que abrem e fecham o disco, respectivamente, são os destaques. Este é o terceiro trabalho da banda, corra ouvir esse e procurar os outros.
Nota: 8,0
Tracklist:
- Nothing Left
- Memories of Falling Down
- Nieprawota
- Memorare
- Sepulchre
- At the Mouth of the Sounding Sea
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