Por: (Arte Metal)
Apesar de estar há mais de quinze anos na ativa, somente em 2018 a banda campinense NIHARP chegou ao seu primeiro álbum completo. Antes disso, o quinteto havia lançado dois ótimos EP’s, “A New Beginning” de 2013 e “The Midnight Curse” (2018). Aliás, duas músicas de cada trabalho reaparecem no debut.
Mostrando um profissionalismo que deveria servir de exemplo para muitas bandas daqui (grandes inclusive), o NIHARP consegue atingir níveis altos desde a sua apresentação (seu release está escrito em nove idiomas!), quanto a produção sonora de seu trabalho, até a estrutura de suas composições.
Seu som tem como principais focos o Prog e o Power Metal, mas a banda apresenta um certo flerte com o Thrash Metal. Isso a traz para o hall de nomes como EVERGREY, NEVERMORE, COMMUNIC, etc. E sua música tem tanta qualidade quanto a de qualquer banda que seja consagrada no estilo.
Primeiro temos que ver o trabalho consistente das guitarras de Murilo e Koragem, que fazem um trabalho equilibrado desde o peso avantajado, passando por melodias na dose certa, criando uma base maciça e interessante, além dos solos propícios. Tudo com auxílio de uma cozinha que possui no baixo de Helder Silva a densidade necessária com linhas complexas e uma bateria que explora tudo que a música da banda lhe proporciona (incluindo alguns esporádicos ‘blast beats’), mérito das baquetas de Karioca.
O vocalista Douglas Rovas segue toda essa versatilidade que a banda proporciona em suas composições, usando-se de drives interessantes, flertando com o gutural e não se perdendo em momentos mais altos. Destaques? Ouça o disco todo várias vezes e descubra o quão difícil é destacar algo no tracklist positivamente equilibrado.
Nota: 8,5
Tracklist:
- An Angels’ Requiem
- Quick Dizzy
- Hymn for the End
- Tempestatis
- The Midnight Curse – Part I – The Ivory Moon
- The Midnight Curse – Part II – The Ivory Orchid
- A New Beginning
- I L L U S I O N A T I
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