Por: (Arte Metal)
Finalmente debutando com um álbum completo, estes sergipanos chegam para estourar tímpanos com seu Death Metal que foge um pouco dos padrões atuais. O que foi prometido com o EP Conscience, isto é, qualidade acima da média, se confirma em Unconscience e mostra uma banda no caminho certo.
Seguindo o tema do EP, o novo álbum mostra a banda com todas suas características, porém mais lapidada e da melhor forma: naturalmente. Seu Death Metal é diferenciado, pois não mantém o leque fechado e se alia a levadas com muito ‘groove’, fazendo com que a sonoridade da banda soe atual.
Pesada e agressiva como sempre se mostrou, a banda mostra estar ainda mais técnica, porém não deixa tal fator se sobrepor sobre o ‘feeling’, o que é fundamental. Em Unconscience nota-se também que o grupo adotou certa dose de melodia que se encaixou perfeitamente com sua proposta, principalmente pelo equilíbrio emanado.
Não é preciso dizer que o trabalho de guitarras é primoroso e a cozinha comanda levadas com quebradas e alternâncias muito bem desenvolvidas, mesmo soando insanas. Ainda também é desnecessário comentar que Érico Groman berra e urra com tanto entusiasmo que sacar as letras é um mero detalhe.
O conjunto da obra de Unconscience, que tem uma embalagem digipack de primeira e uma arte brilhante do artista indiano Sajid Wajid Shaikh, é o que vale à pena. Além de tudo, a produção a cargo de Marcel Menezes também é imprescindível, com qualidade acima da média. Portanto, é um dos melhores discos do ano, sem pestanejar.
Nota: 9,0
Tracklist:
- Dispersed
- Resist
- Volatile
- Stay with Me a Little Longer
- Breakthrough
- The Prey
- Leave the Coin, Get the Dice
- Warhead
- Liar
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