No domingo do dia 23 de setembro de 2018, no calor das 17h30, a entrada do Carioca Club começava a escurecer com toda a galera de preto que ia chegando para ver pela primeira vez o show do magnifico Killing Joke! O pessoal foi chegando aos poucos, dando a impressão que não fosse encher a casa, mas esse concerto foi imperdível e às 19h o Carioca já estava cheio de gente pronto para ver os “coringas”.
Entram no palco à introdução de Masked Ball, de Jocelyn Pook (presente no excelente filme do Stanley Kubrick, De Olhos Bem Fechados), e já de cara – para a emoção de muitos ali – Love Like Blood!! Embora em alguns dos últimos shows não tocarem ela, na primeira visita ao Brasil não tinha que estar de fora. Sonoridade incrível saindo da aparelhagem e da voz do Jaz Coleman! Seguiram as mais recentes European Super State e Autonomous Zone, com Jaz levantando as críticas geopolíticas. Geordie Walker inicia os acordes da Eighties para levantar o povo que pula e canta esse clássico. Mais uma recente, New Cold War, depois o combo de clássicos: Requiem, Follow The Leader, Bloodsport e Butcher. Não tem o que reclamar desse repertório, que depois foram executadas Loose Cannon, Labyrinth e Corporate Elect, para equilibrar. Na próxima música, a breve introdução e o coro de todos ali gritando: Asteroid!!! Essa também pra fazer pular! Então chegam as clássicas de fechamento do primeiro tempo, que são as que não têm como deixar de fora, The Wait, que não deixa ninguém parado, e aos uivos do baixista Martin Youth, Pssyche, sempre com os versos finais do baterista Paul Ferguson cantando. As pessoas já ficam ansiosas para o momento do encore, que não demora. Tocam mais duas do primeiro álbum: Primitive e a Wardance, essa última já anunciando o final, que fica encarregado pela Pandemonium, onde o refrão é cantado em uníssono pelos fãs!
Quadragésimo aniversário comemorado bonito em São Paulo, sem sombra de dúvidas! Ótimo repertório, qualidade sonora de dar impressão de estar rolando o CD deles; e sem falar do carisma e alegria dos integrantes, que após o show ficaram tranquilos na calçada tirando fotos e trocando papos com a galera. Quarenta anos dá uma sensação de que poderia ter sido a única oportunidade de ter assistido esse espetáculo no Brasil, mas vamos ter esperanças de vê-los mais vezes, né?!