Por: (Arte Metal)

O Kalibak surgiu das cinzas da banda Balísttica, grupo de Belo Horizonte que em 2015 lançou uma demo auto-intitulada que mostrava um Heavy Metal de qualidade e bem estruturado. Não se sabe o porquê do fim do grupo e/ou mudança de nome, fato é que a banda continua bebendo na mesma fonte.

Afinal, temos em Tales of Atonish um Metal tradicional que pode ser definido com os melhores dos adjetivos da música pesada, que traz muita influência da New Wave of Bristish Heavy Metal (NWOBHM) e ainda procura soar atemporal, pra fugir de estereótipos datados.

Composições de muito bom gosto trazem riffs consistentes e solos muito bem desenvolvidos que se aliam a um baixo que sai um pouco da rotina com suas linhas mais desprendidas. A bateria ajuda a dar uma dinâmica mais versátil tendo o kit bem explorado.

JP Zampiere (vocalista e guitarrista) possui um timbre bem particular e consegue unir melodia e agressividade em sua interpretação. São oito composições de fácil assimilação e bons refrãos, principalmente em Queen of The Black Coast, Season of Mists e Race of Lies.

Num próximo lançamento, o quarteto deve se atentar a uma produção um pouco melhor lapidada, menos abafada e que traga as guitarras um pouco mais à frente. Além disso, as composições podem ser um pouco mais objetivas, já que a média de 6 minutos não é necessária para o estilo proposto. Porém, esses detalhes não fazem com que o trabalho soe abaixo da média. Metal dos bons.

Kalibak – Tales of Astonish

Nota: 8,0

Link sobre a banda:

Facebook

Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.