Por: (Arte Metal)

Foram longos quatro anos desde o lançamento de The Life and War (2012), debut dos são-carlenses da Heroes of War que já mostrava o Heavy Metal tradicional da banda influenciado por nomes como Grave Digger e Accept. Tudo bem feito e com um cuidado digno do estilo.

Estes quatro anos se apresentando ao vivo e lapidando a sonoridade da banda fez muito bem ao quinteto, afinal o que já era bom ficou ainda melhor e da melhor maneira. Pois, nota-se em Saints and Sinners uma evolução natural, técnica apurada, músicas bem compostas e as características (além das influências) mantidas.

As referências continuam sendo o Metal tradicional alemão, fato que a banda nunca escondeu, mas com aquela procura por algo próprio, o que dá certo em certos momentos. O mais importante é que a banda sabe onde pisa e consegue ser empolgante durante os 46 minutos de música do álbum.

Diante de uma produção muito acima da média dos padrões atuais – mérito de Cesar Bottinha no Le Boot Studio – o grupo consegue destilar uma sonoridade bem timbrada, com os instrumentos bem distribuídos, sendo que os riffs possuem o peso necessário, com solos melódicos na medida certa e soam variados. O baixo se desprende das linhas comuns enfatizando esse peso e a bateria é bem explorada e versátil.

Não tem como não comparar os vocais de Glauber Fontanna com os de Chris Boltendahl (Grave Digger), pois o cantor faz questão de seguir essa linha, inclusive nos agudos e momentos mais brandos. Mas, nada tira o mérito desse profissionalismo absurdo (inclusive na parte gráfica) da Heroes of War neste seu segundo disco, sendo que se deixar influenciar por um baita vocalista desses não é nada mal.

Destaque para a cadenciada e soturna faixa título, Hellfire AGM 144, Smell of Death e a balada acústica Coming Home que prova a ousadia da banda. Sem nenhum exagero, se pegarmos Saints and Sinners e colocarmos lado a lado a lançamentos recentes do Metal tradicional, não fica devendo nada e soa até superior a muita coisa que tem sido lançada por gigantes aí…

Nota: 9,0

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Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.