Por: (Arte Metal)

Os italianos do Fleshgod Apocalypse chegam ao seu quarto disco como os maiores expoentes do Metal extremo de seu país na atualidade. Porém a banda vai muito além da extremidade e alia-se à modernidade e a elementos sinfônicos que tornam seu som pomposo e cheio de grandiosidade.

Definitivamente o grupo não é mais aquela banda técnica e melódica de Death Metal e hoje soa praticamente inrotulável. Na temática, optaram por utilizar o medo e a corrupção dos seres humanos, e como isso afeta toda a sociedade. A banda sabe soar metafórica e abordar tais assuntos com muita habilidade.

Voltando à sonoridade, temos uma banda extremamente moderna. Não, o grupo não se utiliza de sonoridades mecânicas, mas aproveita o que tem de melhor na tecnologia soando em alguns momentos até envernizado demais. O fato é que optam por tais recursos e os encaixam bem à sua proposta.

O mais importante é que a banda não deixa de soar agressiva e investir no peso é um dos princípios, afinal ouvimos riffs bem encaixados, uma bateria extremamente técnica seguida por um baixo que não deixa buracos. Falando em buracos, a banda nunca demonstrou tanto incremento nos arranjos que soam clássicos, épicos, eruditos e operísticos, causando uma pompa magistral ao disco e contrastando perfeitamente com a agressividade.

O trabalho vocal também teve atenção especial, há gutural, passagens quase limpas e coros eruditos, além das passagens belíssimas a cargo da soprano Veronica Bordacchini. Destaque para as faixas In Aeternum, Cold As Perfection e para a sequência impressionante de And the Vulture Beholds, Gravity, A Million Deaths e Syphilis, além é claro da belíssima peça de piano que dá nome ao disco e encerra o trabalho. Grandioso!

Fleshgod-Apocalypse-King

Nota: 8,5

Tracklist:

01. Marche Royale
02. In Aeternum
03. Healing Through War
04. The Fool
05. Cold as Perfection
06. Mitra
07. Paramour (Die Leidenschaft bringt Leiden)
08. And the Vulture Beholds
09. Gravity
10. A Million Deaths
11. Syphilis
12. King

Links sobre a banda:

Site / Facebook

Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.