Por: (Arte Metal)
Os pernambucanos da Elizabethan Walpurga surgiram em 1995 e ficaram na ativa até 2001, e neste período a banda lançou as demos “…the Darkness… The Wrapping Tranquillity…” (1996) e “Desire” em 2000. O retorno se deu em 2015, sendo que em 2016 a banda gravou um split com a banda potiguar Lord Blasphemate, por onde passou o vocalista Leonardo Mal’lak Alcântara, hoje na banda.
Apresentado o grupo àqueles que não conhecem, partimos para a sonoridade. O Black Metal apresentado é soberbo, carrega influências de Metal tradicional e será um deleite aos amantes do estilo, principalmente aqueles que não se importam com ‘qualidade’ na execução das músicas.
Apesar de utilizar melodias em suas composições, a banda mantém o equilíbrio e foge dos excessos, consegue manter a agressividade e rispidez características do estilo. Alternando os andamentos, mostrando um trabalho soberbo de guitarras, tanto nas bases quanto no solos, a banda consegue manter um dinamismo impressionante, mesmo tendo a obscuridade como clima principal das composições.
Falando em dinamismo, as linhas de baixo mostram um trabalho sensacional, não apenas auxiliando no peso, mas também fazendo a diferença. O resultado é acima da média e a banda consegue soar tão Heavy Metal quanto Black Metal, e ainda inclui significativas passagens acústicas que enriquecem as composições.
Pra fechar com chave de ouro, a produção do disco mostra um equilíbrio condizente com a proposta e soa natural, sem ser plastificada e conseguiu captar todos os instrumentos muito bem, mérito de Nenel Lucen no Mr. Prog Studi. Sem dúvidas um dos melhores discos do Metal nacional do ano e no geral também.
Nota: 9,0
Tracklist:
- Exordium
- Vampyre
- Clamitat Vox Sanguinis
- Infernorium
- The Serpent’s Eyes and the Horns of Crown
- Elizabethan Dark Moon
- The Canine Enchantment by the Phlebotomy (In the Julgular Streams)
- Transylvanian Cry
- Walpurgisnacht
Link sobre a banda: