Por: (Arte Metal)
O Distraught chega ao seu sexto disco de estúdio e o que podemos dizer é que tudo aqui até então soma. Afinal, Locked Forever é o trabalho mais pesado, agressivo, melódico, bem estruturado, enfim… o melhor disco da carreira destes gaúchos que têm uma discografia respeitável.
Mesmo dono de clássicos como o debut Nervous System (1998) e do poderoso antecessor The Human Negligence Is Repugnant (2013), a banda nunca parou de crescer tanto no âmbito profissional quanto musicalmente, e o novo disco talvez seja o ápice quase que impossível de ser superado futuramente (vão ralar pra isso).
Afinal, temos um disco completo e abrangente aqui. Continuando com o foco no Thrash Metal, é impressionante como o grupo consegue se manter atual e adicionar novos elementos às suas composições, sendo que o mais forte aqui é a dose de melodia que contrasta com uma fúria agressiva nunca vista nos trabalhos da banda.
As guitarras estão primorosas, soando como uma verdadeira fábrica de riffs e solos beirando a perfeição, mérito de Ricardo Silveira e Everton Acosta que mostram um entrosamento impressionante. O baixista Nelson Casagrande impõe linhas sólidas de seu instrumento dando suporte ao peso, sendo que o estreante Marcio Weimar demonstra uma técnica e precisão admiráveis em sua bateria com viradas sensacionais. Apesar de menos versátil, o vocalista André Meyer está com seu timbre rasgado melhor do que nunca.
A produção de Locked Forever é outro ponto alto (altíssimo, diga-se), pois atende os padrões atuais, mas foge dos vícios da pasteurização que as sonoridades de hoje vêm acometendo. Mérito de Renato Osório (Hibria) que produziu o disco, que teve mixagem de Benhur Lima (Hibria) e masterização do mestre Adair Daufembach (Project 46, Semblant).
Destaque para a faixa título (clássico imediato), Brazilian Holocaust e Black Trade, mas a cada ouvida mais músicas entram no ‘hall de melhores’, enfim ouça o álbum todo. Não bastasse a qualidade sonora, o disco vem numa linda digipack com uma arte estupenda de, nada mais nada menos, Marcelo Vasco (Slayer, Machine Head, Soufly). De olhos fechados.
Nota: 10
Tracklist:
01. Between the Walls of Colônia
02. Lost
03. Locked Forever
04. Dehumanized
05. Brazilian Holocaust
06. Shortcut to Escape
07. Blacktrade
08. The Blind Vision of the Enemy
09. The Last Trip
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