Foram 8 anos de espera entre o Abrahadabra e o novo disco, dentro desses anos o lançamento do incrível “Forces Of The Northern Night”, icônico show gravado na Noruega e transmitido pela NRK, o Dimmu Borgir retorna, dessa vez com o lançamento de “Eonian”, eu confesso a vocês que, eu mesmo esperava muito por esse lançamento, quando ele chegou, não, não fluiu legal, não está rolando…
Mesmo depois de ter ouvido várias vezes o disco, não me convenceu em nada. Bem, vamos falar da parte técnica e sobre isso, é impecável, a gravação do disco, o esmero em você conseguir ouvir claramente qualquer instrumento e ter uma facilidade de entendimento fácil do q está acontecendo é ótimo, a capa é simples, não consegui entender realmente a idéia dela, mas ficou bonita. E para por aqui.
As músicas lançadas antes do disco, “Interdimentsional Summit ” e “Council Of Wolves and Snakes” são fraquésimas, na primeira, eu nunca ouvi um Dimmu Borgir tão feliz, mas tão feliz que eu mesmo fiquei confuso, pensando em estar ouvindo qualquer outra banda, menos o Dimmu. A segunda faixa me agradou mais um pouco, mas mesmo assim, ficou muito abaixo, me parecia algo feito sem classe ou mesmo uma cópia mal feita do Rotting Christ, mas sem o bom gosto e refinamento de Sakis e banda.
Quando finalmente consegui ouvir o disco, não, nada melhorou e pra ser mais exato, ficou ainda pior, “The Unveiling” começa até com um riff interessante, mas quando vem o teclado e a orquestração da banda, tudo desanda, deixando a música sem peso, somente com uma frustada tentativa de climatização sombria, que eles falharam miseravalmente, essa parte ficou chata, repetitiva e sempre que temos bons momentos, aqueles que parecem que a banda vai ficar grandiosa, essa medíocre orquestração atrapalha tudo e eu achei isso em todas as músicas!!
Pra não falar somente de momentos ruins, “Lightbringer” e “I Am Sovereign” até parecem que podem melhorar alguma coisa no disco, mas não aconteceu. O disco fecha com “Rite Of Passage”, que seria uma bela faixa instrumental, se mais uma vez aquele maldito teclado pobre e uma orquestração muito mal pensada(em meu ponto de vista) não estivessem presente, tenho saudades de quando a banda tinha Mustis focado nessa parte, construindo climas e orquestrações complexas e muito belas, como podemos achar em clássicos como “Death Cult Armaggedon”, “Puriticanical Euphoric Misanthropia” e “In Sorte Diaboli”, uma pena, pois Dimmu Borgir, pra mim, sempre foi um sinônimo de qualidade dentro do cenário extremo, infelizmente não mais.
TRACKLIST:
1. The Unveiling
2. Interdimensional Summit
3. Ætheric
4. Council of Wolves and Snakes
5. The Empyrean Phoenix
6. Lightbringer
7. I Am Sovereign
8. Archaic Correspondance
9. Alpha Aeon Omega
10. Rite of Passage
NOTA: 4/10