Por: (Arte Metal)
O Darkship, banda oriunda de Porto Alegre/RS e Carlos Barbosa/RS, é aquele tipo de formação que complica a vida dos redatores da vida. Afinal, sua sonoridade, apesar de não trazer exatamente inovações, é difícil de definir e transita entre o lado mais tradicional do Metal e certa modernidade.
Não é à toa que o grupo se auto-rotula Eletro Modern Metal, mas sua sonoridade vai muito além disso, e o mais importante, sem perder a identidade. Como exemplo, podemos encontrar elementos de Metal Tradicional e Power Metal em profusão em faixas como Black Tears e a título, já em Different Days e Eternal Pain há até elementos eletrônicos e referências ao Gothic Rock/Metal.
Em outros momentos a banda consegue mesclar bem os estilos, além de adicionar elementos típicos do progressivo e deixar sua música ainda mais bem arranjada, o que é um forte ponto do Darkship. Outro reforço é como o grupo consegue construir músicas cativantes até mesmo em momentos mais brandos.
Não há dúvidas de que a banda destila um instrumental de qualidade, com guitarras bem encaixadas e uma cozinha com pegada, além das linhas de teclados fazendo a cama necessária e intervindo em momentos oportunos. O fato é que o trabalho vocal de Joel Milani e Silvia Cristina é o fio condutor do disco e grande destaque pelo desenvolvimento quase que perfeito.
Mesmo tendo uma produção acima da média, o único pecado do álbum é a guitarra baixa que poderia soar mais pesada. Claro que isso não é nada perto do turbilhão de qualidades que We Are Lost proporciona, já que o resultado final é positivo e operante.
Nota: 8,0
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