Por: (Arte Metal)
Nem vou voltar naquele discurso de o Rock nacional sobrevive e com muita coisa boa no underground, basta procurar, até porque desde o início das resenhas nesse blog isso vem à tona. Fato é que o Canábicos, banda paralela do guitarrista do Uganga, Murcego González, é mais uma prova disso.
Porém, não podemos classificar a banda como Rock Nacional (aquele mais acessível, quase Pop que adentrou ao cenário nos anos 80) só por cantar em português. Afinal, temos aqui um instrumental pesado, que trilha os caminhos do Classic Rock e Hard Rock.
A produção, a cargo de Gustavo Vazquez, ajudou a enriquecer a qualidade do trabalho, assim como a excelente escolha dos timbres dos instrumentos que mostram um equilíbrio raro de se ver atualmente, além da naturalidade em que a musicalidade flui. Tudo unindo boa técnica e feeling na medida certa.
Claro que o leitor deve estar se perguntando sobre o nome da banda, que nos remete de cara à tão cultuada ‘marijuana’, e se este nome reflete na sonoridade. Nem tanto, mas as letras de forma inteligente se relacionam com o tema, porém os mais atentos perceberão. Aliás, as letras não falam somente disso e abordam rotinas que vivemos na sociedade.
Planeta Estranho, Intenso, Lei do Cão e Eu Não Sei O Que Vai Ser De Mim são os destaques do disco que merece ser digerido devagar, pois traz prazer tanto reflexivo, quanto musical. Se está a fim de pegar uma carona com Rolling Stones, passar na casa do Black Sabbath e por fim pegar um Kiss desmascarado, esse é o caminho.
Nota: 8,5
Link sobre a banda: