Por: (Arte Metal)
Memorável trabalho de uma banda com nome que a princípio assusta (por motivos óbvios). Este trio de Campinas/SP é formado por Bruno Gazoni (vocal, teclados, baixo e guitarra), Tarcísio Barsalini (guitarra e baixo) e Matheus Vazquez (bateria), todos graduandos em música pela UNICAMP.
A proposta da banda é uma música intrincada que caminha pelos trilhos do Hard Rock e Progressivo, além de injetar doses consideráveis de elementos do Fusion e música brasileira. Tudo feito com técnica e arrojo necessários para que a musicalidade não se perca em malabarismos.
Com composições cheias de quebradas e viradas insanas, a banda consegue manter uma dinâmica que não deixa o disco cansativo, pelo contrário, consegue soar empolgante e enérgico. Tudo com a perfeita audição de cada instrumento que, aliás, é um grande deleite devido à habilidade dos músicos.
Com uma média de 5 minutos por músicas, a banda tem esse trunfo que é não soar longa demais, o que poderia por em cheque o disco. Por isso é maravilhoso ouvir canções como Desert, que abre o trabalho de forma enérgica, além de Baião, onde o nome já denuncia a proposta e letras em português, que talvez seja a melhor do disco.
Ainda pode-se destacar Nollius In Verba, que também é cantada em português e prova que a banda se sai muito bem em nossa língua pátria, e a longa e trabalhada Zephyr que fecha o disco com chave de ouro e uma ótima melodia. A produção de Caio Ribeiro, com uma sonoridade orgânica e bem distribuída, só enriqueceu o trabalho. Excelente!
Nota: 9,0
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