A ideia é se movimentar, fazer o diferente e buscar alternativas. E o STONERIA como não gosta de ficar parado, sempre estão atrás de alguma novidade ou fazendo um movimento diferente.
Como já é clássico em São Paulo, a famosa Avenida Paulista sempre fecha aos domingos e fica liberada para o pessoal passear, andar de skate, bicicleta e etc. E já pensou que interessante ao meio de seu passeio se deparar com quatro malucos despejando seu Rock N’ Roll sem precedentes?
É isso mesmo, o STONERIA estará no dia 24/07 (DOMINGO) tocando na clássica Avenida Paulista, fazendo o que sabem de melhor: SOM PESADO!
O STONERIA estará na Avenida a partir das 16h, então te programa e bora curtir DE GRAÇA uma das melhores bandas de Rock do Brasil!
Aproveite e confira o primeiro clipe da banda:
https://www.youtube.com/watch?v=OHLLtLRMj1U
E ainda, o STONERIA comenta sobre a herança machista no Rock:
Dizer que hoje em dia a mulher tem mais espaço na música seria algo errado, pois se analisarmos bem, sempre tivemos a presença feminina no meio musical, em diversos gêneros e estilos. Mas para muitos ainda é visto com maus olhos, seria machismo ou não querer concordar com o talento feminino?
Stoneria: Historicamente, os homens estiveram mais à frente de grandes feitos do que as mulheres, e isso em muito se deve ao pouco espaço dado a elas para também produzirem. Poucas mulheres têm a liberdade de frequentar uma roda de samba, beber e compor com homens (muito diferente de afirmar que isso nunca existiu). Talvez onde mais tenha mulheres seria no POP americano (algo óbvio já que o cantor está na frente do grupo e é a primeira pessoa vista), mas mesmo assim, são mulheres lindas que vendem o “objeto” da beleza e sensualidade. Não me lembro de nenhuma mulher fora do “padrão de beleza” ditado no POP americano e se existiu, foram poucas. Mesmo a ópera que passa longe dos holofotes da mídia e não analisa a beleza, mas sim o talento, aparentemente a maioria das operas são escritas de homens para homens (veja a herança cultural machista da igreja como os castrati, que castrava homens para alcançar o agudo).
No meio Rock/Metal estamos ao meio de um “boom” de mulheres, onde temos diversas bandas formadas só por mulheres, ou com as mesmas assumindo vocal/baixo/bateria em bandas importantes no cenário. Quebrando regras (como o Rock deve ser, sem regras ou diferenças), e nos trazendo muita qualidade. De certo modo este espaço demorou a surgir, certo?
Stoneria: Demorou e muito. O rock por ser um estilo que sempre procurou quebrar padrões, criticar a sociedade, política, consumo etc, há esse preconceito no meio, mas cada vez mais a mulher vem sendo aceita no cenário. Aliás, não me recordo de nenhuma banda de rock que critica o machismo, porque não interessa para nós homens, falar sobre este tema (o machismo não afeta o homem diretamente, a consequência para o homem é indireta). Imagina se tivesse uma entrevista da Pitty que afirma ter feito sexo com muitos homens, ou com três ao mesmo tempo… a mídia e o público iriam chamar ela de puta. Já Gene Simmons afirmar que transou com muitas mulheres, nós homens achamos o máximo e inclusive é pauta ou título de matéria. Isso pode ocorrer porque o “estilo de vida do rock” é machista. Mas isso é uma herança de longa data e só com o tempo isso será quebrado.
Em outros estilos o pré-conceito sobre a presença feminina parece ser menor do que no Rock. O que soa de forma contraditória, já que o Rock expressa a liberdade. Gostaria que comentassem a respeito.
Stoneria: O rock começou sim com a ideia de liberdade, da revolta com o tradicional e acredito que é assim ainda hoje. Tiveram mulheres bem-sucedidas no meio talvez o exemplo mais emblemático seja a Janis Joplin, mas não podemos nos esquecer da Lita Ford, Joan Jett, e das bandas de metal mais consagradas como Nightwish, Lacuna Coil, Evanescence (apesar de gerar certa polêmica), Arch Enemy, Epica, enfim… O curioso é notar que em todos os casos, as mulheres assumem o posto de frontman do grupo, são todas cantoras. Existe certo preconceito quando há alguma mulher instrumentista na banda. Acredito que por ser um estilo mais agressivo, o pessoal torce o nariz por achar que mulher não tem “mão” suficiente para nivelar com os homens, mas sinceramente, tem muito cara por aí que também não tem. Aqui no Brasil temos a Nervosa, que está mostrando bem isso, elas têm “mão” pra caramba!
E na opinião de vocês quais os cinco melhores discos (indiferente do estilo) que contam com a presença feminina?
Stoneria:
1 – “Wages of Sin” do Arch Enemy
2 – “Century Child” do Nightwish
3 – “Anacrônico” da Pitty
4 – “Auf der Maur” da Melissa Auf der Maur
5 – Tudo da Batty Davis
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Fonte: www.heavyandhellpress.com.br