Dando sequência em sua tarefa de levar ao público bate-papos focados exclusivamente na música, o canal do YouTube HEAVY CULTURE divulga uma conversa com o guitarrista Ryan Waste, conhecido principalmente pelo seu trabalho com o Municipal Waste. O músico também investe em outros estilos além do Crossover de sua banda principal, navegando nos mares do Heavy Metal/NWOTHM com o Volture e com o Heavy/Speed do Bat, ambos com apenas um disco lançado cada. O Municipal Waste, que no dia 1º de julho lançará seu sétimo álbum, intitulado “Electrified Brain”, foi o assunto principal da conversa: “Nós temos essa gravação pronta há quase dois anos, mas não sei se vocês estão lendo as notícias, mas não tem acontecido muita coisa nos últimos dois anos. Queria esperar até que as coisas abrissem para fazermos shows, então fomos muito pacientes, e acho que agora é a hora de lança-la e não poderíamos estar mais empolgados”. Sobre a sonoridade do álbum, o guitarrista comentou: “nós nunca nos afastamos muito da fórmula, mas acho que com este álbum nós canalizamos alguns aspectos mais de Heavy Metal. Eu sempre fui fã de muitos solos de guitarra. Nosso guitarrista Nick Poulos tem um solo em quase todas as músicas, então isso é novo para o Municipal Waste”.
Com mais de 20 anos de estrada, o Municipal Waste é conhecido pelos seus shows contagiantes e repleto de fãs ensandecidos. Desde sua primeira apresentação a banda é conhecida pela energia que é transmitida ao público e vice-versa. E a primeira apresentação da banda é lembrada por Ryan: “Foi na Virginia, onde moramos, e foi numa daquelas festas de véspera de ano novo, e nunca tínhamos tocado em um show, as pessoas meio que sabiam sobre o que era a banda, mas as pessoas começaram a pular de móveis e quebrar coisas da casa, e pensamos que estávamos fazendo algo certo se essa fosse a reação quando começamos a tocar. Então acho que faltava esse tipo de música na época em nossa cidade, e acho que estava prestes a explodir quando tocamos, quero dizer, não estou dizendo que éramos uma boa banda de alguma forma, mas era como se eu achasse que a energia e a atitude estavam lá e isso fez as pessoas pularem… E isso não parou desde que somos uma banda há 22 anos, então sim, acho que estávamos fazendo algo”.
Questionado sobre o fato de serem um dos responsáveis pelo revival do bom e velho Thrash Metal misturado com Hardcore, Ryan diz: “Bem, quero dizer, se você colocar dessa maneira, é uma honra e não foi planejado de forma alguma, estávamos apenas tocando as coisas que crescemos ouvindo e parecia natural e se as pessoas vão ter influência disso, eu apenas quero ter certeza de que eles sabem de onde tiramos nossa influência porque não começamos esse som de forma alguma. The Accüsed, Exodus, Hallow’s Eve são coisas que eu ainda escuto e que foram influências. Eu só quero ter certeza de que as pessoas saibam de onde vem estas influências para nós”. Estas influências são diversas, como explicou o músico: “Quando eu era criança era Judas Priest, então isso remonta ao Heavy Metal tradicional para mim, quando éramos crianças ouvíamos Motörhead, Black Sabbath e Priest e eu acho que eles me moldaram e eles ainda o fazem. Eu acho que qualquer um que toca Thrash Metal tem que pegar algo da NWOBHM ou do Heavy Metal tradicional, como você quiser chamá-lo, e apenas acelerá-lo tornando-o algo novo. Eu acho que é a melhor fórmula para Thrash ou Speed metal, mas quero dizer, eu escuto AOR e gosto de Soft Rock e músicas com 17 minutos de Rock Progressivo alemão antigo também”.
Dentre outros assuntos debatidos no bate-papo, Ryan Waste, estão seus projetos paralelos, o Volture e o Bat, sua paixão por filmes de terror da década de 1980, as chances de a banda retornar ao Brasil em breve e o show que ele assistiu dos irmãos Cavalera na nova turnê tocando músicas do “Beneath the Remains” e “Arise”.
Para conferir o bate-papo completo com Ryan Waste:
Crédito da foto: Benoit Rousseau
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