Nos dias 29 e 30 de abril acontece, pela primeira vez em nosso país o Summer Breeze Brasil. O evento ocorrerá no Memorial da América Latina, em São Paulo, e contará com mais de quarenta atrações, tanto nacionais quanto internacionais, em diversos estilos do rock e heavy metal.

Hoje, apresentaremos as atrações do heavy metal / metal sinfônico que vem da Escandinávia: as finlandesas Stratovarius, Apocalyptica, Finntroll e Beast in Black, e a sueca Evergrey (outra atração sueca, a banda de hard rock H.E.A.T será apresentada mais adiante)

Stratovarius

Fundada em 1984 por músicos da região de Helsinque – o baterista e vocalista Tuomo Lassila, o baixista John Vihervã e o guitarrista Staffan Strahlman – sob o nome Black Water – a banda consolidou-se no ano seguinte, quando ocorreu a chegada do guitarrista e vocalista Timo Tolkki e a mudança de nome para Stratovarius, uma junção de Stratocaster (famosa guitarra) e Stradivarius (famosa marca de violino). Os primeiros trabalhos, “Fright Night” (1989), “Twilight Time” (1992) e “Dreamspace” (1994), não obtiveram reconhecimento mundial, mas quando Tolkki decidiu que seus dias como vocalista tinham chegado ao fim, Timo Kotipelto assumiu o posto de ‘frontman’. Assim, o Stratovarius começou a decolar com os albuns “Fourth Dimension” (1995), “Episode” (1996) e “Visions” (1997), que trouxe clássicos como “The Kiss of Judas” e “Black Diamond”.

Desde 1997 o Stratovarius, que leva o título de uma das principais bandas do chamado metal melódico, é um nome consolidado para os fãs brasileiros. Assim, os músicos estão preparados e sedentos para mostrar seu poder de fogo, mesclando novas canções de “Survive”, de 2022, e os antigos clássicos no Summer Breeze.

O Stratovarius se apresentará no Summer Breeze Brasil dia 30 de abril, domingo, e será headliner do Sun Stage.

Apocalyptica

“O Apocalyptica aconteceu por acaso. Fomos convidados para tocar Metallica em alguns festivais de verão que acontecem pela Europa. Isto ocorreu porque algumas pessoas sabiam que fazíamos versões do Metallica no violoncelo e somos fãs da banda”, recordou Eicca Toppinen certa vez à revista Roadie Crew. “Em 1995, começamos a tocar em alguns clubes de heavy metal pela Finlândia e, então, uma pessoa da gravadora Universal tinha nos visto e perguntou se não queríamos gravar um álbum. Em 1996, lançamos ‘Plays Metallica By Four Cellos’. Nem esperávamos vender mais do que mil cópias e vendemos mais milhões”, completou.

Após obter sucesso regravando clássicos de bandas como Metallica, Sepultura e Faith no More e outras em seus álbuns “Plays Metallica by Four Cellos” (1996) e “Inquisition Symphony” (1998), o quarteto de violoncelistas apresentou em seu terceiro trabalho, “Cult” (2000), onze faixas autorais e, para manter a tradição, três versões, sendo duas do Metallica.

“Reflections” (2003) foi o primeiro dos finlandeses somente com músicas próprias, destacando as faixas “Faraway”, “Cortége” e “Somewhere Around Nothing”, as duas últimas com a presença do baterista Dave Lombardo (Testament, ex-Slayer, Grip Inc. e outros). Já mais adaptados e coesos, soltaram “Apocalyptica” em 2005, acompanhados pelo baterista Mikko Siren. Depois vieram os álbuns “Worlds Collide” (2007), “7th Symphony” (2010) e “Shadowmaker” (2015). Sempre com shows concorridos, inclusive no Brasil, onde se apresentaram três vezes, participações em festivais e grandes eventos, os finlandeses promovem “Cell-0” (2020), o primeiro totalmente instrumental desde “Reflections”.

Apocalyptica se apresentará no Summer Breeze Brasil dia 29 de abril, sábado, e será headliner do exclusivo Waves Stage.

Finntroll

Na ativa desde 1997, os finlandeses do Finntroll retornam ao Brasil para mostrar sua sonoridade única, que vai do folk metal ao black metal, algo que enriquece a cena que tem por característica o uso de elementos folclóricos. Acostumados a encarar grandes públicos, Mathias “Vreth” Lillmåns (vocal), Samuli “Skrymer” Ponsimaa e Mikael “Routa” Karlbom (guitarras), Sami “Tundra” Uusitalo (baixo), Heikki “Mörkö” Saari (bateria), Aleksi Virta (teclado) prometem um grande show no Summer Breeze Brasil.

Embora originário da Finlândia, Vreth tem uma teoria sobre ter músicas predominantemente cantadas em sueco: “O Finntroll tem uma sonoridade própria e não acho que soaria bem se fosse cantado em inglês ou outra língua. Isso proporciona uma característica vocal que é parte importante no nosso som. O lado ruim é fato de alguns fãs às vezes não entenderem as letras ou o conceito. Mesmo havendo traduções para o inglês na internet, algumas coisas ficam completamente perdidas nessas traduções.”

“Vredesvävd”, de 2020, até então o último de estúdio, pode ter levado muito tempo para ser lançado, mas manteve o nome Finntroll em evidência. “Sempre buscamos algo diferente para cada álbum, algo que ainda seja reconhecidamente parte do universo musical do Finntroll, mas que traga sua marca única. Não somos o tipo de banda que gosta de lançar o mesmo álbum duas vezes. Este álbum poderia ser considerado como uma ponte entre o que foi feito entre ‘Jaktens Tid’ (2001) e ‘Nifelvind’ (2010). Buscamos aquela aura do black metal do início dos anos 2000, mesclado com muito folk”, concluiu Vreth.

O Finntroll se apresentará no Summer Breeze Brasil dia 30 de abril, domingo, no Sun Stage.

Beast in Black

Após deixar o Battle Beast, o guitarrista finlandês Anton Kabanen criou o Beast in Black em 2015. O grupo, que se apresentou como suporte ao Nightwish e obteve boa receptividade do público brasileiro, retornará para o Summer Breeze Brasil ainda promovendo seu terceiro álbum, “Dark Connection” (2021).

Algumas faixas de “Dark Connection”, que alcançou as paradas na Finlândia, Suécia, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Japão, remetem a séries de ficção científica como Blade Runner e Armitage III, além de Berserk. “As músicas lidam com a intersecção entre realidades, como é o caso de ‘Moonlight Rendezvouz’, que traz esse elemento em seu videoclipe. A conexão obscura entre o humano e o mecatrônico move adiante a música nesse álbum”, observou o guitarrista. “A maior parte das canções gira em torno do cyberpunk, mas existem também músicas sobre o Berserk. Existem muitos caminhos diferentes que posso seguir e quase que instintivamente gosto de passear por elementos muito diferentes.”

Sobre a variedade de estilos, Kabanen enfatizou: “Muitas pessoas vão dizer que deveríamos simplesmente ‘tocar metal’, isso é arte. Não existe certo ou errado, é apenas arte. Tenho orgulho do que alcançamos em ‘Dark Connection’ e ainda mais quando converso com pessoas que compreendem e apreciam esse universo em que mergulhamos”. É, fazer versões de “Battle Hymn” (Manowar) e “They Don’t Care About Us” (Michael Jackson) numa mesma tacada realmente faz parte desta liberdade artística do Beast in Black.

O Beast in Black se apresentará no Summer Breeze Brasil dia 30 de abril, domingo, no Sun Stage.

Evergrey

“O Brasil é sempre maravilhoso! Não podemos mais esperar para voltar, tocar para uma plateia incrível, beber caipirinhas (risos)… Houve uma vez em que estivemos aí que nós mesmos compramos uma garrafa de cachaça e fizemos nossa própria caipirinha na piscina. Depois fomos jogar futebol com uns brasileiros, comemos churrasco…”. O depoimento é de Tom S. Englund, líder, vocalista, guitarrista e compositor da banda sueca Evergrey, que veio ao Brasil pela primeira vez em 2005 e atualmente é completada por Henrik Danhage (guitarra), Johan Niemann (baixo), Jonas Ekdahl (bateria) e Rikard Zander (teclado).

O grupo de prog metal de Gotemburgo divulga seu 13º álbum de estúdio, “A Heartless Portrait (The Orphean Testament)” (2022), sucessor de “Escape of the Phoenix” (2021), gravado durante a pandemia e o isolamento social. “Tínhamos essa situação mundial, então o que faríamos? Lançamos ‘Escape of the Phoenix’ e no dia seguinte tivemos uma reunião, e foi quando pensamos: ‘Muito bem, não poderemos fazer turnê desse disco durante pelo menos um ano. Então, vamos começar a compor o próximo imediatamente?’”

E o próprio Tom Englund tem consciência de que, mesmo tendo estreado ainda no final da década de 90, com “The Dark Discovery” (1998), e lançado discos muito bem recebidos, como “Recreation Day” (2003), o conceitual “The Inner Circle” (2004), “Monday Morning Apocalypse” (2006) e “Torn” (2008), a base de fãs do Evergrey está concentrada, em sua maioria, de meados dos anos 2014 em diante. “É um privilégio ter dois álbuns incríveis e novos para apresentar. Atualmente, o nosso maior problema é definir um setlist, sendo que a banda completa 30 anos em 2023. Já temos 13 discos, e 70% dos nossos fãs vêm do ‘Hymns for the Broken’ (2014) para frente, o que significa que demos uma guinada, certo?”, questiona Englund com orgulho.

O Evergrey se apresentará no Summer Breeze Brasil dia 30 de abril, domingo, e será headliner do exclusivo Waves Stage, encerrando o festival.

Ingressos à venda na plataforma Ticket 360 pelo link: https://www.ticket360.com.br/summerbreeze

Ponto Físico de venda sem taxa de conveniência – Bilheteria Ticket360
Avenida Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca, São Paulo – SP, 05001-100

Para mais pontos de venda físico (com taxa de conveniência) – www.ticket360.com.br

Mais informações sobre o festival em https://summerbreezebrasil.com/

Summer Breeze Brasil: line-up e informações