Pra começar essa matéria eu tenho que ser sincero com vocês, tenham certeza que esse texto vai ser, possivelmente, um dos mais emocionados que já tenha escrito, pois estou falando de uma banda que, ao lado do Death, é uma das grandes, então saibam disso.

Sexta feira, dia 20 de outubro do corrente ano e o In Flames, um dos maiores nomes do cenário Sueco de música pesada retornaria ao Brasil, depois de oito anos de sua primeira passagem pela nossa terra e pela primeira vez eles iriam vir ao Rio de Janeiro e eu fui para fazer essa cobertura pra vocês. Chegando na casa, rapidamente eu consegui realizar o check-in no Circo Voador e entrei, primeiro ponto que eu não curti, como sempre já venho reclamando, o público Carioca. Pouca gente DEMAIS para a banda que iria se apresentar naquela noite, tudo bem que, depois de um certo tempo até melhorou, mas nada realmente que eu acharia correto ou mesmo esperado, já que é uma banda com mais de 20 anos de carreira, uma das principais no cenário do Melodic Death Metal(no início da carreira) e hoje Modern Metal(ou Metalcore, ou Nu-Metal, como preferirem) deveria ter, em meu ponto de vista, mas isso eu deixo pra outras pessoas falarem sobre, vamos começar os shows.

De acordo com a programação, a banda de abertura deveria subir ao palco às 21:00hr e assim aconteceu e o Reckoning Hour subiu ao palco do Circo Voador para nos apresentar as músicas de seu disco “Between Death And Courage” e eu posso falar que, de todas as apresentações que eu já tive a honra de ver, essa foi visivelmente a mais emocionada deles, a banda entrou em palco demonstrando profissionalismo(mesmo dentro da emoção visível dos membros da banda) e executaram as suas músicas, como “Misguided” e outras muito bem. O som estava incrível, apesar de terem tidos momentos que não conseguíamos ouvir as guitarras do Philip Leander, mas nada que tirasse o brilho dessa incrível apresentação e antes de fechar a apresentação, JP(vocalista) nos fala da importância de estar ali, abrindo praqueles que tenha sido uma das principais influências para eles e com “Between Death and Courage”(faixa título do seu disco) a banda encerra uma linda apresentação, que deveria se repetir ainda por São Paulo e Curitiba, parabéns ao Reckoning Hour por cobrir essa incrível passagem.

Passa pouco tempo, vemos o pano de fundo do In Flames subindo no fundo do palco, eu não vou negar, comecei a sentir a emoção de ver uma das bandas que eu mais esperara pra ver subir no palco e isso vai ficando cada vez mais nítido não somente para mim, mas para muitos em meu redor o sentimento era o mesmo e ao entrarem os membros do In Flames e eles começarem o show com “Drained”, eu entrei em prantos, ver aquela banda(mesmo não sendo a formação original), foi demais!! Que presença de palco, que som, nossa, acho que de todos os shows que eu já tive a honra de ver e o orgulho de escrever uma cobertura, facilmente esse foi o melhor som que eu já tinha ouvido! Tudo perfeito, nada estava alto ou baixo demais, você conseguia ouvir a voz do Anders juntinho com as guitarras de Niklas e Bjorn, o baixo e a bateria pareciam estar em um casamento sonoro fora do normal e seus músicos, Bryce Paul(baixo) e Joe Rickard(bateria) estavam lindos!!

E o In Flames preparou um show incrível pra gente, uma mistura agradabilíssima de sons mais antigos, como “Moonshield”, “Trigger”, cara, o que foi ouvir “Only For The Weak” ao vivo, nossa, nas 10 primeiras músicas eu não conseguia parar de chorar, como uma pequena criança feliz, tendo um momento único na vida. Isso é normal pra mim, com certeza, pois passei por isso vendo o Death DTA em 2014, é incrível como a música tem esse poder sobre a gente e o In Flames com certeza teve esse poder não somente sobre mim, mas sobre muitos ali no Circo Voador na sexta feira. Voltando ao show, em Only For The Weak, Anders Fridén mostra um pouco de sua simpatia, pois ele vê um garoto cantando a música e simplesmente dá o microfone pra ele finalizar aquele maravilhoso som e esse desfile de simpatia e belo palco da banda não fica somente em Anders, o In Flames é composto por membros felizes e que sempre estão olhando para o seu público, sorrindo, se comunicando, tendo um tempo maravilhoso e nos proporcionando um tempo tão incrível o quanto.

“Drifter”, “The Jesters Dance”, músicas do novo disco como “Here Until Forever” foram cantadas pelo público, como praticamente todas as músicas do seu set, um momento de respiro, a banda para, Anders vai conversar um pouco com o público e fala uma série de piadas, aonde o baterista Joe Rickard finalizava sempre com aquele clássico barulho, muito legal ver isso. Mas infelizmente nada é pra sempre e vamos nos encaminhando para o final daquela noite e antes de anunciar “The End”, música que finalizaria aquela incrível apresentação, mas o público vem com o clássico: OLÊ, OLÊ OLÊ OLÊ, IN FLAMES, IN FLAMES! Anders fica extasiado e pede pro público parar, ele vira pra mesa e pergunta: “Será que teria como gravar isso, tem? Então vamos, olha Bjorn, é disso que estou falando, essa é a parada!!” e sim, até aonde eu posso falar, ele gravou isso e ainda anunciou que seria a introdução do próximo disco da banda e aí sim viria “The End”.

Maravilhoso, incrível, perfeito, somente isso que eu posso falar dessa apresentação do In Flames no Rio de Janeiro, perfeito!! Parabéns e obrigado a Liberation por sempre acreditar no Rio de Janeiro e obrigado ao In Flames, por uma apresentação tão incrível.