Final de semana passado, tivemos a chance de conhecer e cobrir, pela primeira vez em “Terra Brasilis”, a Horror Expo, que aconteceu do dia 18 à 20 de Outubro, no Parque de Exposições do Anhembi, uma exposição completamente voltada para a cultura do Terror Pessoal, do Horror e as vertentes que estimulam o medo, as vezes mesmo até a repulsa humana, uma área muito interessante, pois o medo é algo que, além de nos proteger, também nos diverte, com filmes, livros, jogos incríveis lançados no mundo em toda a sua história.
O evento durou o final de semana inteiro, mas no sábado eu não compareci, então irei lhes dar a minha visão sobre a Sexta feira, primeiro dia do evento e sobre o domingo, último dia do evento e com certeza irei comentar sobre, um dos principais motivos do Portal do Inferno ter comparecido ao evento, tivemos shows de qualidade e histórias engraçadas a serem compartilhadas, então, vem comigo!!
Na Sexta Feira, abertura do evento, consegui fazer a credencial até rápido, mas, me entregaram a credencial errada, coisas de uma produção que estava um pouco perdida, mas nada demais, troquei ela e consegui acesso ao evento tranquilamente e vamos que vamos. Eu vou começar falando de um problema que foi bem ruim, o Ar-Condicionado do Anhembi estava desligado, em todo o final de semana e na sexta feira foi um dia realmente BEEEM quente, o que deixou o evento deveras desconfortável pra quem lá estava e isso, eu estou falando de mim, que fui de calça, blusa preta e tênis, agora, imagina pra quem era cosplayer, com maquiagem, roupas pesadas e muito mais coisa, levando pro evento um toque muito divertido, diga-se de passagem, esses cosplayers foram muito, mas um ponto muito positivo no evento.
Na sexta, eu consegui ver muita coisa, como a Annabelle original, alguns cenários de Doutor Sono(a continuação do clássico “O Iluminado”), alguns ônibus e outras ativações, por ter sido um dia mais vazio, consegui fazer tudo e foi muito legal, ponto positivíssimo pra produção, mas aí tenho que destacar um ponto negativo: o Cinema. Como ele foi montado aberto no evento, o som dos filmes não tinham a atenção necessária e acabava se misturando com todos os ruídos locais, dando uma estragada triste na experiência, esse é um ponto que deveria ser melhorado. E sem contar que, em todo o final de semana, tivemos diversas palestras com nome como Mick Garris(diretor de cinema), Naomi Grossman(atriz de American Horror Story), entre outros.
Bem, depois dessa (não tão) breve explanação sobre o evento em si, vamos falar do que fomos lá ver: shows. E nesse ponto, tivemos ótimos shows de Rock/Metal durante o final de semana inteiro e já vou começar pedindo perdão ao Fúria Inc., Venomous e Sioux 66, pois não os vi no sábado. Mas, na sexta feira, a primeira banda a subir no palco foram os Curitibanos do The Secret Society, banda incrível de Goth Rock, um dos principais pontos positivos pra banda foi o vocalista e baixista Guto Dias não tenta em nenhum momento chegar perto ou imitar o Andrew Eldritch(Sisters Of Mercy), o que, geralmente acontece, mas ele não, tem um vocal muito pessoal e incrivelmente bom. Fabiano Cavassin (guitarra) e Orlando Custódio (bateria) também mantinham a banda muito bem e as músicas tocadas foram ótimas, infelizmente o som não cooperou com eles, mas nada que tire a qualidade musical da banda, vale a pena conhecer. Logo depois do The Secret Society, teríamos aquela que seria a primeira atração internacional do evento, DEATHSTARS.
A banda formada por Whiplasher Bernadotte(vocal), Cat e Nightmare Industries(guitarras), Skinny(baixo) e Vice(bateria) viria com um setlist incrível a ser apresentado, grande, englobando toda a carreira e a apresentação deles foi com certeza um ponto altíssimo daquela sexta feira na Horror Expo. Não vou ficar pontuando músicas e tudo mais, mas músicas como Tongues, Motherzone, Synthetic Generation, Perfect Cult, Metal, Cyanide, New Dead Nation e outras foram tocadas, mas não tem como não falar que, logo na abertura do show, em Night Eletric Night, o vocalista Whiplasher meio que “se jogou” pra galera, depois de uma “cambalhota” que ele deu em palco, sem perder a pose e continuou cantando, sem problema nenhum. Ele estava VISIVELMENTE alterado, mas eu não acho que tirou o brilho da apresentação. Cat e Skinny estavam mandando muito bem em palco, se movimentando de um lado pra outro e sempre buscando o público, berrando e se comunicando com frequência, o baterista Vice um metrônomo, muito bom.
Pra fechar a apresentação, nada melhor do que BLITZKRIEG(BOOM), ótima música e infelizmente logo nessa, um problema com a guitarra do Cat rola e perdemos o áudio dela, foi chato, mas como a apresentação inteira foi muito boa, não acho que isso poderia ter afetado todo o show da banda, que infelizmente não contou com Nightmare Industries em sua apresentação, o que, mais uma vez, não tirou o brilho da apresentação, que show!! E assim, fechamos a sexta feira.
Partindo direto pro domingo de Horror Expo, teríamos o primeiro show da vida do Alchemia, uma banda com uma proposta moderna, com um som até interessante, mas eu vou colocar, achei o vocalista um pouco fraco. Tinham momentos na apresentação da banda que o vocalista ou parecia estar sem voz ou falhava literalmente, momentos em que seu gutural não saia, uma pena, pois a banda promete ainda crescer mais e se destaco um ponto positivo, o visual da banda em palco é muito bom, mas, visual não faz show completo e como foi a primeira vez em que a banda subiu em palco, temos os descontos do nervosismo, pois, estrear, encarando um público grande, como tivemos no domingo da Horror Expo, não é pra qualquer um.
Mas, logo depois do Alchemia, teríamos aquela banda que a maioria da Horror Expo queria ver, aqueles que vieram no ano passado e temos cobertura aqui, o Therion!! Christofer Johnsson e sua trupe retornariam ao Brasil, para dessa vez, comemorar o aniversário de 24 anos do lançamento de um dos discos mais importantes de sua carreira, o clássico Theli e eles prometeram(e cumpriram) tocar o disco em sua íntegra e se você é fã da banda já deve estar se perguntando: e aí, como foi?? SIMPLESMENTE INCRÍVEL!!
Pra quem já foi a um show do Therion sabe que a banda é absurdamente incrível em palco e que a entrega deles é máxima ao público e poxa, começar o show com To Mega Therion é covardia pra qualquer coração de fã e Cult Of The Shadows, Nightside Of Eden, a incrível Invocation Of Naamah, Siren Of The Woods, tem como não melhorar essa apresentação? Sim, tem, além do Theli ainda tivemos músicas como Rise Of Sodom And Gomorrah, Flesh Of The Gods, Ginnugagap e Sons OF Starve and Time, nesse som, o vocalista Thomas Vikström passa a palavra a Christofer, que fala da importância daquele show e das escolhas que ele fez, ao lançar o disco e vamos pra última música do disco e do show, Grand Finale, que é um instrumental lindo, encerrando com chave de ouro o show e o evento inteiro. Falar da composição atual do Therion é chover no molhado, Christian Vidal continua com seus solos incríveis, notas claras e perfeitas, Thomas Vikström continua cantando maravilhosamente bem, as sopranos, bateria e baixo, tudo incrível, perfeito.
Depois disso tudo, vamos responder a pergunta do titulo?
Horror Expo tem coisa boa ou não tem? Mas claro que tem coisa boa, só tem, aconselho a todos que, se curtem Metal e a cultura de Terror, que compareçam nas próximas edições e só temos a agradecer a produção incrível da Horror Expo, por ter abraçado nosso trabalho e nos ter tratado muito bem durante o evento, eu espero sinceramente que, no ano que vem tenhamos uma nova edição e com muito mais atrações o possível.