Que a Finlândia é um verdadeiro celeiro de bandas boas, todo fã de heavy metal já está cansado de saber. E é de lá que vem o Poisonblack, formada por Ville Laihiala (vocal e guitarra), Antti Remes (baixo), Marco Sneck (teclado) e Tarmo Kanerva (bateria). A banda chega essa semana para uma única apresentação, em São Paulo, dia 27 de agosto, no Manifesto Bar, na turnê de divulgação do mais recente álbum, Driver.
Ville gentilmente conversou com o Portal do Inferno sobre a trajetória do Poisonblack, a vida fora dos palcos e a ansiedade por tocar pela primeira vez no Brasil. Confiram:
Portal do Inferno: Bem, esta é a primeira vez que o Poisonblack vem ao Brasil. Sejam bem-vindos! Quais são suas expectativas para o show e ter o primeiro contato com os fãs brasileiros? E por que demoraram tanto para vir ao País?
Ville Laihiala: Obrigado! Nossas expectativas são muito boas, devo dizer! Ouvimos tantas histórias de outras bandas a respeito dos fãs brasileiros e também recebemos muitos e-mails e mensagens dos nossos fãs. Tentamos vir algumas vezes antes, mas nunca conseguimos concretizar, até agora.
P.I.: Em abril, vocês lançaram o CD Drive. O que faz este álbum diferente dos demais trabalhos do Poisonblack? Podemos dizer que ele é mais “alto” ou “barulhento”, num bom sentido? Como você explica essa característica?
Ville: Em minha opinião, ele tem mais groove e pegada rock que os álbuns anteriores. Todo o clima estava bem relaxado e calmo quando estávamos gravando, e eu acho que você consegue perceber isso no álbum. Não sei se Drive é mais alto ou barulhento, mas talvez ele tenha a sonoridade um pouco mais crua.
P.I.: Como você avalia a evolução da sonoridade do Poisonblack, desde Escapexstasy?
Ville: Eu acho que nosso estilo mudou bastante desde o começo! Quando começamos o Poisonblack, costumávamos ouvir muitas bandas, como Paradise Lost e Type O’ Negative, e você consegue ouvir claramente a influência deles no álbum de estreia. Depois, aos poucos, seguimos outras direções no rock.
P.I.: O Poisonblack curte fazer “coisas de banda”, como gravar clipes, entrevistas, se aproximar dos fãs, turnês, sessões de fotos e coisas do tipo? Não tenho certeza, mas desde maio de 2010, vocês fizeram, no máximo, 15 shows. Há uma razão para isso?
Ville: Sim, ainda gostamos muito de fazer shows e por aí vai! É claro que viajar pode ser um tanto quanto difícil e exaustivo às vezes, mas você esquece essas coisas quando sobe no palco! O motivo para termos feito poucos shows após o Of Rust And Bones, é que mudamos praticamente toda a organização por trás da banda. Hoje, temos gravadora e empresários diferentes e essa mudança tomou um bom tempo nosso até deixarmos tudo em ordem. No futuro, faremos muito mais shows, com certeza! E espero que tenhamos a chance de fazer mais shows na América do Sul, também!
P.I.: Em todos esses anos, vocês passaram por alguma situação estranha ou engraçada nos shows?
Ville: Bem, não é exatamente engraçado ou esquisito, mas uma situação que me lembro agora foi quando tocamos na Alemanha, em 2008. Havia uma garota na plateia que queria pedir o namorado em casamento e ela queria fazer isso no meio do nosso show! Nós concordamos e ela subiu ao palco entre uma música e outra, fez o pedido e o cara aceitou. Foi um momento muito legal e emocionante!
P.I.: Em 2008, vocês lançaram um DVD semi-acústico, o A Dead Heavy Day. Você acha que é importante tentar outras formas de fazer um show? Qual é o seu tipo preferido de show?
Ville: Sim, é verdade. A ideia de fazer um show acústico surgiu de uma rádio da Finlândia, que queria fazer algo especial conosco para seus ouvintes e nossos fãs. Como estávamos gravando um novo álbum na época, decidimos gravar essa apresentação e lançar como um bônus de A Dead Heavy Day. Foi bem legal fazer e gostamos muito, mas ainda acho que preferimos os shows elétricos, não importa se são em festivais ou shows só do Poisonblack.
P.I.: Qual é a sua opinião sobre as pessoas que ainda insistem em comparar o Poisonblack ao Sentenced?
Ville: Bem, é preciso ter em mente que são quatro indivíduos completamente diferentes do Sentenced e, basicamente, Miika Tenkula e Sami Lopakka eram os principais compositores. Por isso, em minha opinião, essas comparações são bem desnecessárias, mas se as pessoas querem fazê-las, não me incomodam.
P.I.: Com o Driver lançado recentemente, quais são os próximos passos da banda?
Ville: Depois desse show em São Paulo, iremos para Alemanha, pois temos um festival lá. Depois, voltaremos para casa e, durante o outono, tocaremos faremos alguns shows em casas da Finlândia e Alemanha. Possivelmente teremos a oportunidade de tocar em outros locais da Europa também.
P.I.: O que vocês fazem na Finlândia quando não estão em turnê? Como é a vida dos integrantes do Poisonblack fora dos palcos?
Ville: Basicamente temos uma vida meio que normal. Todos nós temos algum tipo de trabalho regular e, fora isso, passamos nosso tempo com nossas famílias e amigos, fazendo coisas normais que as pessoas fazem, sabe?
P.I.: Muito obrigada pela gentileza em conversar com a gente. Você pode deixar uma mensagem para os fãs e leitores do Portal do Inferno? Espero que tenham uma ótima passagem pelo Brasil e um excelente show também.
Ville: Obrigado! Para nós, é uma honra tocar aqui e estamos muito ansiosos! Espero que tenhamos muitos outros shows por aqui num futuro próximo!