Por: Aline Pavan
Considerada por muitos uma revelação do Death Metal nacional, o MONSTRATH surgiu com tudo, com projetos de qualidade e muita brutalidade. Hoje o Portal do inferno conversa um pouco com o baixista Morales Elmano para saber um pouco mais dessa banda que surgiu como um positiva surpresa deixando a todos espantados com sua técnica apurada e musicalidade eficaz. Confia:
Primeiramente conte-nos, como se deu início à trajetória musical da banda?
Morales Elmano: Esse projeto começou com uma conversa que tive com Loi Trejo em 2015, queríamos tocar metal como antigamente, pois havíamos tocado junto. A partir disso começamos a organizar as ideias, chamamos J. Luger para as guitarras, e com o tempo juntou-se a banda, Niko Teixeira, que está nas bateras.
Como vocês descreveriam a forma do MONSTRATH tocar?
Morales Elmano: A principal ideia desse projeto foi fazer música do jeito que gostaríamos de tocar, sem nos preocupar se alguém iria curtir, ou não, ou vender, era apenas para extravasar. Mas a recepção foi tão boa, amigos e conhecidos foram curtindo as pré-produções que fazíamos então fizemos um show abrindo para a Nervosa e foi tão bom que resolvemos agilizar o CD.
Existe algum tipo de conceito que liga a música do single, e o título?
Morales Elmano: Sim, a música e o CD inteiro têm como base o psicológico humano, a maneira como somos afetados pelos nossos atos. O single comenta as ações de alguém que mesmo praticando atos contra outras pessoas age como se a fé fosse salvar sua alma.
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Como a banda conheceu a Downfall Records? E como está sendo este trabalho?
Morales Elmano: Foi uma ‘doideira’, eu comecei a mandar e-mail para as gravadoras ano passado, e no começo de dezembro eles me responderam, o Mike (Downfall Records) curtiu o som, “Child of God”, e começamos a negociar. Só em março desse ano que fechamos, estamos curtindo, contatos bacanas pela Europa, mas estamos aguardando finalizar o CD para ver o tamanho real do retorno.
Como funciona a composição do grupo? Quando alguém traz uma ideia musical, é geralmente aceita com facilidade ou existem discussões mais profundas entre todos para se chegar a um senso comum?
Morales Elmano: Nós meio que dividimos as tarefas agora, eu faço a parte de contatos e divulgações e ajudo nos palpites das músicas, Loi faz os contatos e também ajuda nas composições, e J. Luger compõe as músicas e vai adaptando as mudanças sugeridas por nós, Niko como entrou por último nesse primeiro trabalho fez as partes das baterias, mas nos próximos vai ter que compor também. E sim, o Loi é muito chato e cobra demais o J. Luger para chegar na forma ideal das músicas (risos).
É mais fácil ou mais complicado trabalhar sob um padrão musical bem definido como o Death Metal?
Morales Elmano: Cara, é muito mais difícil, mas é muito prazeroso. Eu falo que não temos fãs, o que temos são amigos e sócios, por que a exigência é muito maior. Não adianta chegar com uns barulhos que quem curte não vai engolir qualquer coisa não.
Falando do novo álbum. O que o grupo pode adiantar para a gente? Como ele se chamará (se puder revelar, é claro)? Quantas músicas serão? E previsão de lançamento?
Morales Elmano: Adianto que as músicas estão nervosas e trabalhadas como se fossem diamantes raros. Serão 9 músicas, e estamos estudando um bônus para versão europeia. Tudo indica que deve ser lançado em outubro, espero. Ah, e ainda está sem nome, essa é a parte mais complicada.
Quais são as expectativas da banda para este novo trabalho, em termos de repercussão que a banda poderá alcançar com ele?
Morales Elmano: Já alcançamos muita coisa, pelo mundo todo, a Downfall Records está ajudando muito nessa parte de divulgação, contatos europeus, americanos, e claro pelo brasil todo. Com o lançamento do CD o que quero é conseguir shows por esses locais, e claro com o investimento bem baixo fica muito difícil mas iremos tentar até conseguir. A Sangue Frio Produções está auxiliando na divulgação, eles fazem toda assessoria de imprensa. Temos uma rádio americana, a That Metal Station, tem o Jeff da Soundphoria nos USA também, tem a Sarah lá que me ajuda muito.
Quais são as maiores influências musicais dentro e fora do Death Metal? Até que ponto se deixam influenciar?
Morales Elmano: Fica difícil citar uma, duas, três bandas, vou dizer que bandas dos anos 80 e 90 nos influenciam muito. Metal influencia todo mundo.
Como foi, para vocês, gravar este videoclipe? E a repercussão foi a esperada?
Morales Elmano: Mais que esperada, por se tratar de um projeto novo e com custo baixíssimo, mas foi prazeroso gravar, trabalhoso, claro foi feito com muita ajuda de amigos o que deixou o projeto mais profissional.
Existem planos para alguma turnê após o lançamento do novo material?
Morales Elmano: Sim, claro, já tenho contatos pelo mundo todo, Europa, USA, Leste Europeu, estou negociando com bookings e agências lá fora e no brasil também. A Sangue Frio Produções está ajudando muito, trabalhamos com a R&F Produções também.
Como está a cena extrema de São Paulo atualmente?
Morales Elmano: Apesar da crise, a cena underground está firme, como sempre, é um grupo que trabalha com baixo custo então consegue viver na crise. Não, não está fácil apenas sobrevivemos nas situações desfavoráveis. Mas quem curte metal curte, segue, compra, investe e quer ver a banda ao vivo, quer ajudar sempre.
Agradecemos imensamente a atenção dedicada e deixamos aqui um espaço para as considerações finais da banda, se assim desejarem.
Morales Elmano: A banda Monstrath agradece essa oportunidade, e só peço para quem curtir a banda Monstrath e outras bandas também, que ajude sempre a cena nacional, as bandas sobrevivem disso, das ajudas dos fãs, os verdadeiros donos das bandas. O brasil tem muito mais que Sepultura! Child of God for you!
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