O Reckoning Hour é o nome da modernidade pesada oriunda do Rio de Janeiro, a banda vem em uma crescente gigante, depois do lançamento, junto a Famined Records, do disco Between Death And Courage, diversas tours e uma experiência já incrível, vamos conversar com o guitarrista Philip Leander sobre a banda e os caminhos da banda desde o início até seu atual momento.

PORTAL DO INFERNO: Philip, primeiro de tudo, valeu por conversar com a gente durante a tour que vocês estão e já pra começar, me fala, como está indo essa incrível turnê, ao lado de bandas de grande peso no cenário Nacional e o que vocês esperam aproveitar dessa experiência?

Philip Leander(PL): Eu que agradeço irmão. É sempre uma honra poder participar de uma entrevista com vocês.

A turnê está sendo um sucesso! Nesse momento, estamos na reta final. Já passamos pelo Sudeste, Nordeste, Norte e Centro Oeste do país e agora estamos terminando as datas ao sul. A experiência tem sido incrível, quatro bandas nacionais em mais de trinta dias na estrada. A cena brasileira sempre foi forte, ela só precisava de um empurrão com esse circuito para que as bandas do nosso país e o publico pudessem enxergar que quando queremos, tudo é possivel. Esta sendo uma aventura e tanto desbravar esse país, mas está valendo muito a pena.

 

PORTAL DO INFERNO: Mesmo depois de uma extensa corrida pelo país, a correria não para e vocês estarão na abertura do Septic Flesh e Fleshgod Apocalypse no Rio e acabaram de confirmar 3 datas ao lado do gigante In Flames, qual o sentimento nisso tudo?

PL: Para mim, sempre será uma grande honra poder dividir os palcos com bandas consagradas. Dividir o palco com o In Flames é inexplicável pra mim, eles foram uma das bandas de maior influência para que a Reckoning Hour existisse, e agora vamos tocar juntos. É uma sensação de dever cumprido e um novo ciclo para nossa carreira.
Independente de todas as oportunidades que surgiram, eu sempre vou agradecer ao nosso público que sempre nos fortaleceu e nos auxiliou para que chegássemos onde estamos hoje, não seríamos nada sem o apoio deles.

 

PORTAL DO INFERNO: Between Death And Courage tem dado a vocês uma bagagem incrível, como vocês pretendem usar essa experiência no futuro?

PH: O BDAC foi nosso pontapé inicial, nós colocamos toda energia que tinhamos nesse primeiro full album com a principal mensagem da escolha que fizemos, lutar por nossa música, e desde seu lançamento, nós não paramos mais. Em um ano de disco nós conseguimos conquistar coisas incríveis, as expectativas estão grandes para o futuro. Eu diria que a tendência é melhorar sempre, a cada disco e trabalhar cada vez mais.

PORTAL DO INFERNO: Philip, depois de tanta experiência e aproveitando essa tour atual de vocês, pode nos falar, qual é a pior coisa que pode acontecer na estrada?

PL:Eu poderia escrever um livro depois dessa tour, hahaha…

Tentando resumir um pouco, eu diria que uma turnê é uma transição entre todos os profissionais envolvidos, o grupo acaba se tornando uma família que luta em conjunto para sobreviver a essa aventura, é como um filme que dura um mês inteiro. Para mim, a pior coisa que pode ocorrer na estrada é o cansaço fisico e mental e o stress que acaba surgindo nos longos períodos de turnê, mas nada que uma boa conversa e foco não resolvam.

PORTAL DO INFERNO: E no contraponto da pergunta anterior, nos fala as melhores coisas de se estar na estrada.

PL: É indiscutível. Só quem está na estrada sabe. Acordar e fazer um s t how a cada dia em uma cidade diferente para pessoas diferentes, conhecer novos amigos, novas culturas, novas ideias. Você chegar em uma cidade no outro lado do país e o público cantar as suas músicas. Isso nqão tem preço.

PORTAL DO INFERNO: Agora, vamos lá, falando mais sobre a banda, você poderia citar as principais influências para chegarem ao som de vocês?

PL: Nós passamos por diversas fases em nossa historia, e isso que eu acho mais legal, a transição. Hoje na Reckoning Hour, cada um dos cinco possuem gostos bem diferentes dentro do nosso gênero. Sem dúvida, no início da composição do BDAC, nós ouvíamos muito Killswitch Engage, Soilwork, As I Lay Dying, In Flames, The Black Dahlia Murder e diversas outras bandas.
Atualmente, eu estou em uma fase de ouvir bandas novas, novos estilos. Pensar fora da caixa. Em um mundo conectado, as bandas acabam se tornando sombras das suas influências, o nosso maior desafio é criar algo novo sem perder a nossa essência.

PORTAL DO INFERNO: Antes disso, vocês ainda tiveram a chance de dividir o palco com bandas como The Black Dahlia Murder, Children Of Bodom e Suicide Silence, como foi a experiência para vocês?

PL: Resumo da carreira:
Nós lançamos nosso disco em abril do ano passado. Desde que assinamos com a gravadora (Famined Records) nos Estados Unidos, as portas se abriram pra gente. Começamos com o pé direito na cena nacional e junto com isso, nós acompanhamos o Children of Bodom em sua tour no Brasil. Ao longo do ano, viajamos por diversas cidades, fizemos parcerias de peso até que tocamos com o Suicide Silence, o The Black Dahlia Murder e finalizamos o ano com chave de ouro participando do festival Hell in Rio. Cada mês era uma nova descoberta, um novo show, uma nova oportunidade que não deixamos pra trás. No início do ano, foi iniciada a parceira com a Restless Agency onde começamos a construir a ideia da turnê Brasileira, e agora, estamos aqui.

PORTAL DO INFERNO: Fala pra gente, o que poderemos esperar do próximo disco de vocês e quais os planos do Reckoning Hour?

PL: (Spoilers)
Nós vivemos em um mundo onde bandeiras são erguidas. Vivemos abaixo de um véu onde as pessoas nem ao menos sabem porque são colocadas umas contra as outras. Chegará a hora em que apenas uma bandeira será erguida ou todas irão cair.

Nosso plano é erguer a nossa bandeira.

PORTAL DO INFERNO: Philip, obrigado pela entrevista gente, espero que acabem muito bem essa incrível tour e nos vemos no futuro próximo, por favor, deixe aí um recado para os leitores do PORTAL DO INFERNO.

PL: Muito obrigado por tudo PORTAL DO INFERNO. Foi uma honra poder participar dessa entrevista. Uma dica para toda banda que pensa em trabalhar sério e criar uma carreira, nunca deixem lutar pelo que vocês acreditam, pode demorar, mas o corre nunca pode parar. Você só precisa ter amor pela sua música, foco e objetivo. No final nós somos o reflexo de nossas escolhas.