Completando 32 anos de fundação, o NECROMANCER é uma das bandas mais históricas do Rio de Janeiro, um dos percursores do Thrash Metal no estado. Hoje conversaremos um pouco com eles, para saber um pouco mais do que vem por aí. Confira:
Primeiramente, muito obrigado pela entrevista. Conte-nos, como surgiu o Necromancer e a ideia de formar uma banda de Thrash Metal? Qual o diferencial pensado pela banda?
Necromancer: Agradecemos o apoio e a oportunidade de participar da entrevista com o PORTAL DO INFERNO.
A banda começou no final de 1986 quando dois irmãos, Luiz Fernando e Luiz Cláudio, se juntaram a alguns amigos em comum e colegas de colégio, dando início a banda e que teve em sua formação original: Marcelo Coutinho (vocal), Robert Haulfon e Luiz Fernando (guitarras), Alex Rocha (baixo) e Luiz Cláudio (bateria).
Nesta época, a ideia era fazer um estilo de uma mistura Heavy com Thrash tradicionais, baseado em bandas da época como Slayer, Metallica, Kreator e até mesmo Iron Maiden.
Como vocês veem a trajetória, as conquistas e o amadurecimento da banda ao longo desses 32 anos?
Necromancer: A banda já passou por diversas formações por diversos motivos. Mas nunca deixou de produzir novas músicas.
Fizemos bons shows no eixo RJ-SP e dividimos o palco com grandes nomes, como MX, Dorsal Atlântica, Multilator, Explicit Hate, Deathrite, Viper, Sigrid Ingrid, Prime Mover…
Gravamos 4 demos nas décadas de 80/90. O “acerto de contas com o passado” veio em 2014 com o lançamento do ‘debut’ “Forbidden Art”, pelo selo Heavy Metal Rock.
A atual formação da banda conta com dois fundadores, Luiz Fernando (guitarra) e Marcelo Coutinho (vocal), mais dois integrantes das primeiras formações, Gustavo Fernandez (baixo desde 1987) e Alex Kaffer (guitarra, ex-baterista de 1988 a 2015) e agora com o novo baterista Vinicius Cavalcanti.
Acreditamos que agora a banda esteja bem consolidada, estabilizada e mais entrosada.
Por quais processos e mudanças pessoais vocês tiveram que passar, até conseguirem chegar ao ponto em que estão agora como músicos?
Necromancer: Problemas pessoais, financeiros, profissionais e mudança de formação sempre atrapalham, mas mantivemos o NECROMANCER na ativa por vontade de fazer um som e por tradição.
O único componente da banda que é músico é o Alex Kaffer, os outros componentes da banda têm emprego desvinculado do setor musical.
Eu queria que vocês falassem um pouco também sobre esse disco novo que vocês estão lançando. Já tem nome? E qual a previsão de lançamento?
Necromancer: Resolvemos lançar um novo álbum, pois sempre temos ideias novas de bases ou de músicas durante os ensaios e pretendemos divulgar novos trabalhos.
Já temos um nome: “Pattern of Repulse”
O novo álbum não tem nenhuma temática específica. Estamos preparando as músicas para lançar o álbum neste ano.
Quais são suas principais influências atualmente? Vocês têm planos de experimentar novas sonoridades no futuro?
Necromancer: As influências são basicamente as das bandas da época em que começamos, ou seja, das décadas de 80/90, tais como: Slayer, Kreator, Destruction, Exodus, Death.
Atualmente estamos tendo algumas influências de bandas um pouco mais atuais e um pouco mais na linha de Death Metal, em especial a linha Escandinava, como por exemplo, Dark Tranquillity, Arch Enemy. Há também pequenas influências de bandas mais porrada e pouco conhecidas, mas que são muito boas, interessantes e diferentes que estamos colocando em nossas músicas, mas sempre tentando manter nosso estilo original.
Como foi trabalhar neste novo lyric vídeo, quem o fez? E este trabalho encerra o ciclo de divulgação do “Forbidden Art”?
Necromancer: Entramos em contato com o Leo Ronki, que já trabalhou com nossos amigos do Patria.
Foi muito fácil trabalhar com o Leo Ronki, que nos deixou à vontade, deu grandes ideias e apoiou nossas sugestões. O trabalho ficou muito bom.
A ideia de lançar um lyric video da música NECROMANCER foi mais como uma homenagem para uma música de mais de 30 anos e que leva o nome da banda. Não teve ligação com o trabalho de divulgação do “Forbidden Art”, que acreditamos que já está na etapa final.
Quais objetivos como banda vocês acham que já atingiram, e o que ainda esperam conseguir no futuro?
Necromancer: Não atingimos nossos objetivos, que são fazer novas músicas e divulgar em shows.
Pretendemos fazer grandes shows fora do eixo RJ/SP, se possível fora do Brasil.
Existe alguma mudança positiva ou negativa no cenário musical e independente quando comparado ao início de carreira da banda até os dias atuais?
Necromancer: Achamos que as mudanças positivas são principalmente na divulgação e na qualidade de equipamentos.
Na década de 80/90, a divulgação era mais difícil de se fazer e lenta. A divulgação das demos tinha que ser toda feita através dos correios, o que levava muito tempo e algumas vezes nem vinha a acontecer.
Naquela época para divulgar tínhamos apenas as rádios (nada de internet!) e também tínhamos estes problemas mencionados acima.
Além do mais, era mais difícil conseguir bons instrumentos e equipamentos e quando conseguíamos os preços eram ainda mais altos dos que hoje.
Hoje em dia, com o acesso à internet, a melhoria da qualidade e a redução do custo para gravação facilitou muito a divulgação do trabalho.
As mudanças negativas são a dificuldade de visibilidade, uma vez que o número de banda aumentou muito. Ainda temos a mesma dificuldade de encontrar boas casas de show para divulgação de material autoral.
Que conselho vocês dariam às bandas que hoje também têm lutado contra “a corrente” em busca da valorização de suas músicas autorais e construção de seu próprio legado?
Necromancer: Realmente ter uma banda de músicas autorais nos diversos estilos de Metal é muito difícil. A preferência de bandas “cover” é muito mais nítida.
Cara, se acredita no seu som e trabalho, siga em frente. Sempre haverá Headbangers apoiando!!!!
Obrigado pela entrevista e sucesso pra vocês! Deixo esse espaço pra você dar um recado aos leitores e admiradores do seu trabalho.
Necromancer: Mais uma vez, obrigado pela equipe do PORTAL DO INFERNO pela oportunidade de divulgar nosso trabalho e agradecemos a força da galera do Metal que nos apoia até hoje!
Formação:
Marcelo Coutinho – vocal
Luiz Fernando – guitarra
Alex Kaffer – guitarra
Gustavo Fernandez – baixo
Vinicius Cavalcanti – bateria
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