– O que significa o nome BAROK PROJEKTO?

Muniz – Saudações, galera do Portal do Inferno! Agradecemos pelo espaço e pela oportunidade de falar sobre o nosso trabalho. Quem melhor responde essa pergunta é o Rafael Milhomem, mas vou explicar um pouco da essência do nome. Barok-Projekto é um trocadilho em Esperanto entre “Baroko” (Barroco) e “Roko” (Rock), o que cria a ideia de um “Rock Barroco.” Para mim, porém, esse nome vai além: ele reflete a nossa diversidade de influências e o espírito eclético da banda (somos muito ecléticos mesmo…rs), que se manifesta em cada composição.

Rafael Milhomem – Falou tudo! Rsrsrsrrs

– “Veko” é o novo EP de vocês, como ele vem sendo recebido pela imprensa e fãs?

Muniz – Eu acho que “Veko” é o nosso trabalho mais maduro e criativo, e também o que teve o menor alcance até o momento. Os comentários são favoráveis, e a maioria de surpresa. Acho que a capa reflete muito a essência do nosso som nesse ep. Quando você aperta o play vc é convidado a atravessar um portal! Não é um EP que você escuta uma vez e pronto, acho que esse é um ponto comum nos comentários.

– Quais as principais diferenças que vocês enxergam em “Veko” com relação ao seu antecessor?

Muniz – Em “Kvin Jarcentoj” nós começamos uma nova fase na banda, eu e o Rafael Milhomem assumimos os vocais e foi muito massa. Mas em “Veko” eu senti que foi mais confortável para criar, parece que as composições fluíram bem. Acho que se juntar os 2 já seria um excelente album!

Rafael Milhomem – Nos primeiros álbuns e EPs, nós chagavamos com a música pronta para mostrar para a banda. A partir de “Kvin Jarcentoj”, nós passamos a trabalhar mais em equipe, e isso refletiu consideravelmente em nosso som. Além disso as guitarras ganharam maior independência. Estamos explorando um pouco mais a polifonia e isso está se tornando uma das características do nosso trabalho de guitarras e isso inclui o baixo também.

– “Veko” possui músicas muito fortes, e todas em esperanto. Porque vocês preferiram seguir por este caminho? Vocês não almejam o mercado internacional?

Muniz – Boa pergunta! Inclusive nós temos um show dia 30 de dezembro na Bélgica, vai ser muito massa. Nós sempre cantamos em Esperanto, desde 2007. Acho que grande parte da nossa sonoridade vem da língua, mas não estamos presos a isso. A gente compõe em Esperanto porque fica bom…rs. Mas nesse momento estamos trabalhando em um disco mais audacioso com a produção do Tiago de la Vega, onde estamos trabalhando também com o inglês.

Rafael Milhomem – E só para complementar, o fato de cantar em Esperanto traz uma autenticidade que reforça essa veia internacional.

– A arte da capa foi assinada por qual profissional? Qual o significado dela?

Muniz – Mais uma vez, optamos por trabalhar com o talentoso Carlos Fides, que já colaborou com bandas como Evergrey, Kamelot e Symphony X. Ele traz uma identidade muito forte ao seu trabalho, e conseguiu traduzir perfeitamente o ambiente sonoro de *Veko*. A arte reflete o conceito de um “despertar,” um chamado para sair do transe e da letargia, enxergando o mundo e a realidade como realmente são.

– Eu gostei muito da mixagem e masterização de “Veko”, o que vocês podem nos falar sobre a pós produção do disco?

Muniz – Veko foi masterizado de forma analógica no Studio de La Trape, na França, e depois convertido para o formato digital. O processo foi fascinante; pudemos acompanhar vídeos do pessoal preparando as fitas e ajustando tudo, o que trouxe um toque orgânico e autêntico ao som. Gostaríamos muito de ter estado lá presencialmente! A mixagem e a produção foram realizadas em nossos estúdios, onde cuidamos de cada detalhe para dar ao álbum a sonoridade que queríamos.

– “Veko” ganhou uma tiragem limitada em CD? Existem planos para uma produção em maior escala neste sentido?

Muniz – “Veko” foi lançado apenas no formato digital, nós estamos estudando a possibilidade de lançar uma tiragem limitada em vinil, quem sabe no próximo ano!

Rafael Milhomem – Quem apoia essa ideia do vinil? Mandem uma mensagem pra gente no Instagram! @barokmetal assim vamos ter uma boa noção se faremos uma tiragem especial ou não! Rsrsrs

– Como tem sido os shows desta fase da banda? O público está conseguindo assimilar o EP?

Muniz – Desde o lançamento de “Veko” em 2022, este será nosso primeiro show presencial, já que nos dedicamos a várias lives nesse período. Estamos ansiosos para sentir a reação direta do público e ver como as músicas do EP vão ressoar ao vivo. As lives foram ótimas para nos manter conectados, mas nada se compara à energia de um show ao vivo, onde o público e a banda realmente se encontram.

– “Hibrida Batalanto (Esperanto)” pra mim é a melhor do CD. Imagino que foi desafiador escrever essa música que, além de complexa, tem diversos elementos fora do Metal…

Muniz – Que massa saber que você curtiu! Realmente deu trabalho… rs, mas foi um processo muito gratificante. Em “Hibrida Batalanto”, incluímos um coro com seis vozes e arranjos para uma orquestra completa, o que trouxe uma textura incrível à faixa. Acho que essa música representa bem a essência lírica de “Veko”, capturando a nossa mistura de influências e a intensidade da mensagem que queremos passar.

– Obrigado pelo tempo concedido à nós do Portal do Inferno. Mandem notícias da cena de Goiás, por gentileza…

Muniz – Nós que agradecemos pelo carinho e pelo espaço. Muito obrigado a todos que nos acompanharam até aqui. Deixo o convite para vocês ouvirem o “Veko” e nos dizer nas redes sociais o que vocês acharam! Até Mais

Rafael Milhomem – Valeu! Ah e sempre que tivermos notícias relevantes vamos mandar para vocês!