No dia 15 março, as estruturas da Via Marquês, em São Paulo, sentiram todo o peso do hardcore com as bandas, Project46, Worst e a grande atração da noite, o Biohazard. Os portões da casa foram abertos às 21h e já havia uma multidão aguardando para entrar.

Biohazard

A banda de abertura do evento, o Project46, desde 2008 vem conquistando o seu espaço no underground de São Paulo e iniciou o show já com muita animação e energia, com uma mistura de hardcore e metal que levantou os espectadores. Vinny Castelari (guitarra), Jean Patton (guitarra), Rafael Yamada (baixo), Caio Macbeserra (vocal) e Henrique Pucci (bateria) tocaram musicas do álbum Doa a Quem Doer, lançado em 2011. A banda “passou o seu recado”, como disse Caio, abrindo uma noite que prometia muita música de peso.

Project46

E peso foi o que não faltou também no show do Worst, que entrou no palco logo em seguida. Formada em São Paulo pelos amigos Fernando Schaefer, baterista das bandas Paura, Pavilhao 9, Treta e The Silence, e Thiago Monstrinho, baterista e vocalista das bandas Medellin, Presto? e Chorume, o Worst tem uma proposta diferente da maioria das bandas hardcore brasileiras. Mais agressiva e influenciada pelo HC de Nova York, os integrantes levaram ao palco as músicas do álbum Te Desejo Todo o Mal do Mundo, cujo título já faz entender a proposta da banda e o que a diferencia de muitas outras. Thiago estava muito empolgado e agitando os fãs enquanto cantava Vício, Cinzas, Enterrado, Eu Te Odeio Também, Sem Solução, entre outras, que abriram espaço para os integrantes do Biohazard, que já estavam prontos para tocar.

Worst

Então, entraram no palco, aos pulos, os guitarristas Billy Graziadei e Bobby Hambel, ao lado do baterista Danny Schuler e do baixista Scott Roberts, da banda Biohazard, para o delírio dos fãs, muitos deles que acompanham o grupo desde 1988, ano em que foi formada em Nova York, nos Estados Unidos. A banda que há dois anos não voltava ao Brasil, após a saída do baixista Evan Seinfeld, abriu a apresentação com a música Shades of Gray do álbum Urban Discipline, de 1992. A empolgação da plateia era tamanha, que provocou certo desentendimento entre a segurança do local, que não segurou os fãs que subiram ao palco e cumprimentavam o vocalista. Graziadei parecia impressionado com a atitude, que durou enquanto os músicos executavam grandes músicas, como Five Blocks to the Subway, Come Alive, Wrong Side of the Tracks e Vengeance is Mine, faixa que compõe o álbum Reborn to Defiance, lançado em 2012. Um outro bom momento que merece destaque foi a cover de We´re Only Gonna Die, do Bad Religion.

Biohazard

Quando a situação estava ficando mais intensa, Graziadei tirou os fãs do palco e parou a apresentação para cantar parabéns para a filha Isabela, e foi mais aplaudido ainda pela atitude. A todo o momento ele provocava os fãs, não deixando a multidão desanimar, tanto falando em português quanto em inglês, e chegou a comparar o público brasileiro ao argentino na intenção de aumentar a ainda mais a roda que estava formada na frente do palco.

Apesar de todos esses acontecimentos, a banda fez uma apresentação rápida que começou com atraso, mas foi compensado com a força que a Biohazard tem. Finalizaram com as músicas Punishment e Hold My Own, e o vocalista não descartou a possibilidade de voltarem no meio do ano.

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Escrito por

Redação

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