Realizada na Cinemateca Capitólio na noite desta segunda-feira, 22 de novembro, com todos os protocolos de segurança e prevenção da pandemia da Covid-19, a cerimônia de entrega do Prêmio Açorianos de Música 2021 contou com a apresentação de parte Banda Municipal de Porto Alegre e foi apresentada pelo coordenador de música do município Elton Saldanha. Estrategicamente realizada no dia que se celebra o Dia do Músico, a premiação elegeu o tecladista de Rock Progressivo ELOY FRITSCH na categoria de Melhor Instrumentista graças ao seu trabalho com o álbum “Moment in Paradise”, seu décimo quarto registro solo. O músico, que também concorreu às categorias de Melhor Compositor e “Moment in Paradise” como Melhor Álbum no Gênero Pop, comentou a conquista: “Eu sempre me considerei mais um compositor do que um instrumentista. Mas o álbum “Moment in Paradise” tem um toque mais virtuosístico e que exige técnica na execução. É um disco em que usei mais sons acústicos e me dediquei a vários solos no teclado. Estou feliz por receber esse prêmio!”.
O primeiro prêmio de melhor instrumentista veio em 1989 quando a banda Apocalypse se apresentou no Festpop na cidade de Encantado. Naquela ocasião Fritsch levantou o troféu após a interpretação da música “Virada do Século”. Um ano depois esta música foi registrada no primeiro vinil da banda. E vieram outras premiações como a Menção Especial no Prêmio Açorianos (2008), Troféu Vasco Prado (2009) e o Troféu Cinesserra (2014). Após várias indicações ao Prêmio Açorianos em edições anteriores, o tecladista foi escolhido o melhor instrumentista pelo seu trabalho realizado no álbum “Moment in Paradise”. Sobre o disco em si, o tecladista conta: “Moment in Paradise foi feito durante a pandemia. Naquela condição de isolamento e dificuldades a música se tornou um refúgio. Foi uma época insana, mas com momentos de esperança e determinação progredi nos estudos e nas composições. Me orgulho desse álbum não só porque é uma vitória criativa sobre esse momento difícil da minha vida, mas também porque tem músicas que me desafiaram na performance “tecladistica””.
Fritsch toca teclado desde 1983 quando criou com os amigos a banda de Rock Progressivo Apocalypse. Inspirados por grupos que usavam o teclado no Rock como Yes, Pink Floyd, Rush, ELP, Genesis e Queen começaram a compor suas próprias músicas. Naquela época o tecladista ensaiava as composições no violão, baixo e no órgão da escola, escondido com os colegas no espaço reservado ao coral estudantil. Em seguida comprou o primeiro sintetizador que foi apelidado carinhosamente de “Korguinho”, já que era um synth analógico de pequeno porte e da marca Korg. Naquela época o tecladista nem imaginava que seria futuramente professor titular do Instituto de Artes da UFRGS com uma carreira premiada e repleta de realizações. Somando o Apocalypse e as gravações do projeto solo são mais de 30 álbuns lançados e várias participações em coletâneas. Com a pandemia as apresentações artísticas pararam e Fritsch se dedicou a gravar o álbum “Moment in Paradise” utilizando diversos teclados incluindo os clássicos analógicos como o Minimoog e os modernos como o Kronos, System-8, FA08 e Jupiter-80.
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Créditos da foto: Ricardo Fritsch
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