Com 12 anos de estrada, a banda Rygel, de Santos (SP), conseguiu firmar seu estilo com muita personalidade, se destacando entre as demais produções nacionais do heavy metal, caminhando pelo metal melódico. Formada por Daniel Felipe (vocal), Anibal Pontes e Wanderson Barreto (guitarras), Vagner Silva (bateria) e Ricardo Reis (baixo), a banda comemora o lançamento e a boa aceitação de seu segundo álbum, Imminent, que também será distribuído na Europa e Estados Unidos pela Power Prog. Na entrevista a seguir, os guitarristas conversaram com o Portal do Inferno sobre a boa fase da banda, o processo de criação de Imminent e como o grupo deu um grande salto com relação ao primeiro álbum. Confira:
Da esq. para a dir.: Anibal Pontes (guitarra), Wanderson Barreto (guitarra), Daniel Felipe (vocal),
Vagner Silva (bateria), Ricardo Reis (baixo)
Portal do Inferno: Do Realities… Life As It Is para o Imminent, a banda passou por uma mudança de sonoridade, sem perder as raízes do metal melódico. Essa mudança foi um processo natural para vocês? Como surgiram as novas ideias para enriquecer o som do Rygel?
Wanderson Barreto: Para nós foi extremamente natural, pois já estávamos querendo que o som fosse para esse lado. Nós nunca nos consideramos uma banda de metal melódico, apenas gostamos de colocar melodias no meio do peso e as composições acabaram fluindo desse jeito naturalmente.
P.I.: Diferente do primeiro álbum, e superando expectativas, Imminent tem recebido ótimas criticas. Como vocês reagem às opiniões?
Wanderson: É a sensação de um trabalho bem feito que está sendo reconhecido, e em alguns aspectos, isso significa que os nossos sonhos aos poucos estão se realizando.
Anibal Pontes: Estamos muito felizes com as críticas feitas para o Imminent. É muito bom ver meses de trabalho duro sendo reconhecidos pela mídia especializada e, principalmente, pelos fãs. Agora, a banda irá trabalhar mais e mais.
P.I.: Como foi o processo de composição de Imminent?
Wanderson: Eu e o Anibal temos homestudios. Enquanto íamos compondo as músicas ou riffs, encaminhávamos para os outros integrantes da banda. Eles adicionavam as ideias, mas sempre houve uma direção minha nas criação. O Anibal ajudou muito, principalmente nos teclados, e tudo isso foi um processo de aproximadamente oito meses de composição.
P.I.: A capa do Imminent é a fusão do calendário Maia com uma imagem do fim dos tempos. Quem cuidou da arte gráfica e de quem foi a ideia da capa? Vocês também se envolvem com o processo de criação do visual dos álbuns?
Wanderson: A ideia da capa veio do tema “fim do mundo”. Em reuniões, desenvolvemos essa temática e deixamos a cargo do Ricardo Reis, nosso baixista, que criou o visual com o Carlos Fides. Sempre nos envolvemos no visual para não destoar do sentido das letras.
P.I.: Just One foi a música escolhida para produção do primeiro videoclipe da Rygel. Como foi o processo de produção do clipe e o por que escolheram essa faixa? Vocês já têm ideias para a produção de um novo clipe?
Wanderson: Imminent tem muitas mísicas fortes e queríamos uma que representasse toda a nova sonoridade da banda. Just One foi uma das últimas a ser compostas e uma das preferidas dos integrantes, então, foi natural ela virar o nosso primeiro vídeo.
Anibal: A gravação foi feita em estúdio. Já tínhamos uma ideia concebida das imagens e, a partir daí, na edição, acrescentamos novas ideias. Ficamos muito felizes com o resultado final.
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P.I.: Como foi trabalhar com o Marcello Pompeu e o Heros Trench, do Korzus, na produção desse álbum? Eles influenciaram vocês em algumas partes do CD? Quais ensinamentos vocês absorveram deles nessa experiência e que levarão para os próximos trabalhos do Rygel?
Wanderson: Foi excelente! Além de eles serem muito amigos nossos, foi um baita aprendizado. A influência maior que eles tiveram foi em como passar para o disco as nossas ideias definidas na pré-produção da melhor forma possível. Não houve alteração de nada da pré para o disco, apenas uma linha de baixo em uma música. Para eu, que fiquei 100% do tempo no estúdio durante as gravações, posso dizer que aprendi bastante e quero trabalhar novamente com eles no próximo disco.
P.I.: O cenário da música brasileira tem passado por grandes mudanças, e nem todas positivas. Por um lado, as bandas investem cada vez mais no profissionalismo e, por outro, ainda existem casas de shows e alguns produtores que não respeitam os profissionais como deveriam. O Rygel sente isso na hora do retorno do investimento aplicado para desenvolver a banda?
Wanderson: Infelizmente, nós sabemos que viver de música no Brasil é muito difícil, tanto é verdade que todos na banda têm seus trabalhos. A banda é minha paixão, assim como a música, para mim tem uma enorme importância. Mas eu acredito que aos poucos conseguiremos virar esse quadro. Quanto mais bandas boas aparecerem e o público valorizá-las, mais essa cena vai mudar!
Anibal: Na verdade, muito do que fazemos é por amar a banda e a música, sem esperar um retorno financeiro imediato. É claro que também não vivemos de luz, mas só o fato de ver um fã cantando a nossa música, se identificando com as letras, elogiando o show, é gratificante e nos dá força para superar os problemas da cena. Temos que continuar trabalhando para mudar isso e já percebemos uma mudança significativa.
P.I.: Não tem como deixar de perguntar da versão para o Hino do Santos Futebol Clube que vocês fizeram. Todos da banda são santistas ou foi só uma homenagem para o time da sua cidade? Vocês são do tipo de torcedores que vão aos jogos para apoiar o time? Conseguem acompanhar o campeonato com a rotina da banda?
Wanderson: O pior que eu sou corinthiano, Ricardo é palmeirense e Vagner é são-paulino!!! hahahhaa
Anibal Pontes: Essa foi a famosa brincadeira que deu certo! Era uma antiga ideia minha e do Daniel (santistas roxos), que resolvemos botar em prática quando o Santos foi campeão brasileiro, para tirar um sarro dos outros integrantes. Gravamos de brincadeira, sem pretensões e jogamos no MySpace e, quando menos esperávamos, estava no Globo Esporte! Foi muito legal a repercussão na época. Não dá para ir em todos os jogos, mas quando sobra um tempo corremos para a Vila Belmiro!
P.I.: Muito obrigado pela entrevista. O espaço está aberto para vocês darem seu recado. Abraços!
Wanderson: Muito obrigado pelo espaço e por apoiarem a cena nacional, isso é extremamente importante para que nós possamos existir. Em breve, teremos muitas novidades divulgadas aí!!! VALEU!
Anibal: Quero agradecer ao Portal do Inferno pela oportunidade, e a todos que ajudam e apoiam a banda. Fiquem ligados, pois em breve vamos postar várias surpresas. Acompanhem a banda pelo Facebook e site oficiais. Abraço a todos !! \m/\m/\m/\m/