Sábado, quinze de Outubro do corrente ano, a MGB Entertainment se une a IDL Entertainment para trazer, pela primeira vez ao Rio de Janeiro dois nomes em crescente gigante pelo mundo do Metal Extremo e pela primeira vez no Brasil e também no Rio de Janeiro, os Italianos do Fleshgod Apocalypse e os gregos do SepticFlesh invadiram o nosso país e o Rio de Janeiro foi o 3º(terceiro) show da passagem pelo país, sendo essa a última também e no Rio de Janeiro, a abertura do evento ficou a cargo do maravilhoso Reckoning Hour.
O evento estava marcado para o início às 16:00hr, infelizmente, por conta de diversos problemas, esses que a produção foi com o tempo resolvendo, infelizmente o atraso foi grande e os portões foram abertos mais tarde, por volta de 17:40hr, o público começou a entrar e viu ainda o Reckoning Hour passando o som, por conta dos atrasos já ditos, mas, mesmo assim, a galera foi chegando. Quando eram umas 18:00hr a banda começou o seu incrível show, levando um Death Metal mais moderno, com uma rifferama pesada e bem bonita, melodias bem bonitas e trocas de vocais, o vocalista JP ora canta aquele Gutural e ora um vocal limpo e bem belo, tocando 6 músicas, todas oriundas do seu primeiro lançamento “Between Death And Courage”, o show deles foi muito bem recebido pelo público presente, que agitou nas músicas tocadas e fez da abertura muito especial.
Logo depois da passagem pelo palco do Reckoning Hour, aquela correria para desmontar o palco e a preparação para eles, ai vinha o Teatro do Fleshgod Apocalypse, a banda que, um pouco antes do início da tour sofreu uma baixa até séria, com a saída do seu Vocalista/Guitarrista Tomasso Riccardi abandona a banda e entra o guitarrista Fabio Bartoletti, com essa saída, Francesco Paoli que originalmente era da posição de Tomasso, mas à 9 anos assumiu a bateria da banda, retorna a posição de origem e coloca nas baquetas David Folchitto(ex-Novembre e Stormlord), assim a formação veio para a América Latina, sendo completa pela incrível Soprano Veronica Bordacchini, Paolo Rossi(baixo e vocal) e Francesco Ferrini(piano e orquestrações). Concentrando o set list nos três últimos lançamentos, o Fleshgod Apocalypse abre o show com In Aeternam, do excelente disco King, dessa vez o Death Metal veio lotado de teatro em uma apresentação lotada de qualidade, mesmo tendo sido o 4º show de Francesco Paoli de volta ao seu posto de origem, o ex-baterista apresentava uma segurança incrível nas músicas da banda, não deixando em nenhum momento a peteca cair, liberando os riffs na base com maestria, perfeito. O show caminha e vem um clássico já, Cold As Perfection, música que o público cantou toda até o momento de Veronica sair de trás do pequeno palco do Teatro Odisséia e ir para o lado de Francesco Paoli, quando ela começa a cantar, todos nos calamos, que voz, como canta fácil, incrível. Depois disso, tivemos alguns clássicos a mais, como “The Violation”, essa fez a galera se perder em diversos “moshs” e depois ainda tivemos um discurso sobre o problema que o Fleshgod tinha passado antes de vir à América Latina e muito simpático fala ao público que eles tinham dois caminhos: o primeiro seria terminar a banda, coisa essa que o público carioca e eu mesmo gritamos não na hora e Francesco abre um sorriso e fala: “Então, assim nós estamos aqui e continuamos com a saga do Fleshgod Apocalypse”, tocando The Egoism e fazendo todos ficarem muito felizes, um pouco depois dessa música, umas do álbum Labyrinth foram executadas e assim se encerra aquele incrível show, perfeito, que estréia em palcos Cariocas o Fleshgod Apocalypse fez, som, apresentação, músicas, tudo magistralmente feito, lindo!
Mais uma vez temos aquela troca de palco clássica, um momento rápido para comprar mais cerveja, socializar com os amigos no local e esperar o Headliner dessa turnê, que amigos, deu uma verdadeira aula de Death Metal. Depois de pouco tempo, Khrim(bateria) sobe e lança nos PA´S o que seria o início de um belo show, logo após, Psychon e Christos(guitarras) sobem e no final, Seth Siro(baixo e vocal) entra e completa a formação do SepticFlesh que começara o show com War In Heaven, belíssimo som oriundo do disco Titan, uma porrada incrível e eles assim foram durante o show inteiro, sem pena e lançando música boa atrás de música boa. Focando na fase que vem do maravilhoso “Communion” até o último disco, “Codex Omega”, os gregos do SepticFlesh simplesmente nos deram uma aula de como fazer um Death Metal reto, técnico e com orquestrações belas, que davam um clima de Terror incrível e gigante, depois dessa abertura, tocam “Communion” e na sequência a música que eu esperava por muito tempo ouvir, “Pyramid God”, que clássico!! Com um set list farto de boas músicas, a banda mostrou porquê o SepticFlesh tem sido uma das bandas mais bem faladas do cenário Mundial e com uma apresentação acima do normal, aonde os músicos não param de agitar em um momento e a entrada de Khrim na bateria elevou ainda mais a banda, com uma precissão monstruosa e uma pegada pesadíssima, vou destacar outras músicas, como a nova “Portrait Of a Headless Man” do novo disco, foi incrivelmente bem recebida, “Anubis” que foi cantada com um coral lindo do público, “Persepolis” e fechando a noite maravilhosa que eles e todo o cast nos proporcionou, a história do Deus Grego nos foi apresentada e executada, “Prometheus” finalizou aquela linda apresentação e fez o SepticFlesh deixar o palco sob o uivo de BIS e VOLTE LOGO do público presente, que, mesmo tendo sido pouco(em meu ponto de vista), fez a sua parte recepcionando magistralmente as duas incríveis bandas. Uma noite incrível e que já está sendo eleita por alguns fãs, como o show do ano no Rio de Janeiro e eu posso falar que nesse ano, sim, uma das melhores com certeza. Parabéns a MGB Entertainment e IDL pela tour e passagem por solos Cariocas e esperamos que tenhamos mais eventos com essa qualidade.