Por: (Arte Metal)

Novo trabalho destes australianos que estreiam um novo vocalista, na ocasião Mark Poida que substitui Colin Jeffs. O Aversions Crown é adepto do Brutal Death Metal, mas nunca fechou seu leque e sempre deixou transparecer influências do Thrash Metal e do Deathcore.

Xenocide mostra uma banda mais madura e com um pouco mais de ‘feeling’. A técnica do grupo, típica dessa nova geração, não é exacerbada, sendo que eles procuram encaixar o que há de necessário nas composições, dando um sentido que faltava nos álbuns anteriores.

A brutalidade aqui é acompanhada de riffs intricados e carregados, um baixo extremamente potente e uma bateria que impressiona até mesmo quem já é acostumado com a postura do instrumento neste estilo. Os vocais de Poida são excelentes, indo do gutural ao rasgado naturalmente, mostrando uma variação que combina com o estilo.

Se o ouvinte procura melodia, aqui há muito pouca. O negócio é os ‘breakdowns’, viradas insanas e ‘blast beats’ que chegam a tirar o fôlego do ouvinte. O resultado é uma música caótica onde impera o peso, mas que acerta ao adicionar passagens mais ‘atmosféricas’ em momentos esporádicos (ouça a faixa Erebus).

A temática do disco também é interessante, pois mescla ficção com realidade em letras que se conectam, soando de alguma forma conceitual. Além da já citada Erebus, Prismatic Abyss, The Oracles of Existence e Odium também se destacam. Merece uma conferida.

Aversions Crown – Xenocide

Nota: 8,0

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Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.