Unearthly dispensa apresentações. Esta banda que surgiu na cena caótica do Rio de Janeiro, está lançando seu quarto álbum Flagellum Dei, que é de tirar o fôlego. Começando pela produção gráfica que é de extremo bom gosto: um digpack e uma arte muito bem feita, de dar inveja a muitas bandas gringas por aí e nacionais de alto padrão. Quanto à qualidade sonora, gravação e produção ficou a cargo dos irmãos Slawek e Wojtek, do Hertz Studios – estes poloneses que já trabalharam com Behemoth e Vader.
Flagellum Dei está soando razoavelmente como os trabalhos do Behemoth, apesar do Unearthly não perder suas raízes do tradicional black metal com doses de death que vem colocando desde Age of Chaos.
O CD começa com uma linda introdução de um dedilhado envolvente, enfeitiçando os ouvidos em Seven. Six. Two – caótica, doentia, fria, como se deve ser uma boa musica de black metal. Já se observa de longe que Unearthly não é mais uma banda que apenas trabalha os guturais em suas músicas. Na sequência, Baptized in Blood já começa rasgando com os vocais de Eregion e termina calmamente. Flagellum Dei conta com uma participação especial Steven Tucker, ex- Morbid Angel, no vocal de Osmotic Haktesis (part.II). As músicas que destaco são Limbus, uma instrumental muito bem feita, My Fault, com seu refrão marcante e Lord of All Battle.
O trabalho está extremamente bem feito e detalhado, a gravação está nítida, cristalina. Este é um grande álbum e o Unearthly tomou o cuidado de colocar no encarte uma explicação sobre cada música. Flagellum Dei deve estar na lista de quem adora um black metal realmente bem feito. Um grande álbum com lindas composições, dignas de cada elogio.
Flagellum Dei – Shinigami – 2011
Nota: 10
Tracklist:
01. Seven. Six. Two
02. Baptized in Blood
03. Flagellum
04. Black Sun (part I)
05. Osmotic Haeresis
06. My Fault
07. Lord of All Battles
08. Eye for an Eye
09. Limbus
10. Insurgency
11. Exterminata
Integrantes:
Eregion – Vocal e Guitarra
M. Mictian – Baixo
Vinnie Tyr – Guitarra
R. Lobato – Bateria
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