Em outubro do ano passado, os britânicos do Paradise Lost lançaram uma coletânea comemorativa pelos seus 25 anos de carreira. Intitulada Tragic Illusion 25 (The Rarities), a compilação traz raridades anteriormente lançadas – exceto pela inédita Loneliness Remains e as regravações de Gothic 2013 e Our Saviour 2013. Nesta semana, o grupo considerado um dos grandes precursores do doom metal vem ao Brasil para duas apresentações: no dia 11, em Curitiba, e no dia 12, em São Paulo.

Antes de desembarcar no País, o guitarrista Greg Mackintosh conversou com o Portal do Inferno, confira a seguir.

Por: André Smirnoff

Portal do Inferno: Quais são as diferenças entre os fãs europeus e os sul-americanos?
Greg Mackintosh: A diferença é basicamente geográfica, mas sempre temos uma resposta incrível dos nossos fãs sul-americanos, os shows são intensos.

P.I.: Sendo uma das mais influentes bandas de dark metal dos últimos 25 anos, qual é a sua opinião sobre a atual cena metal no mundo?
Greg: Eu acho que está muito boa. Obviamente, há uma grande falta de cobertura da mídia para o metal como um gênero, o que é um saco, mas acho que ele sempre foi marginalizado. Há algumas bandas legais e realmente interessantes na cena metal atualmente. Se você tivesse me perguntado isso há cinco anos, provavelmente eu teria dito o contrário.

P.I.: Além do metal, quais outros tipos de música você ouve? Quais bandas recomenda?
Greg: Além de alguma música clássica e eletrônica, tenho ouvido muito punk e metal no momento. Alguns que tenho escutado recentemente são The Secret, Warwolf, Tombs, Blood Farmers e, é claro, bandas clássicas como Celtic Frost, Candlemass, Conflict e muitas outras bandas que começam com a letra C.

P.I.: Durante a carreira, a banda passou por diferentes estilos dentro do metal. O que causa essa busca?
Greg: Tédio é a razão principal. Se as coisas estão muito repetitivas, você deve trabalhar na linha de produção em uma fábrica. Nós fazemos o que sentimos que devemos fazer em algum momento em particular. Isso mantém o som renovado e honesto.

P.I.: Recentemente, vocês lançaram o Tragic Illusion 25, um compilado de raridades para celebrar os 25 anos de música. A turnê atual carrega o mesmo nome. O que levou vocês a fazer uma turnê baseada em um álbum de raridades? Foi uma ideia original, no melhor sentido do termo.
Greg: É o contrário. O álbum de raridades é baseado no nosso 25º aniversário, assim como a turnê. Essa é a única conexão. As músicas que tocamos nessa turnê não são as mesmas que estão no disco de raridades, já que o set list tem músicas de cada era da banda.

P.I.: Algum plano para um novo material em um futuro próximo?
Greg: No momento, estamos compondo as músicas para o próximo álbum e esperamos começar a gravá-lo em junho.

P.I.: O que você tem a dizer sobre o Tragic Illusion 25 (The Rarities)? Ele é dedicado aos fãs que amam ouvir as músicas raras?
Greg: Ele é dedicado aos fãs e colecionadores. A pessoas que estão conosco e entendem o que tentamos fazer.

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Redação

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