A banda Krull, nasceu em meados de 1998, passou por algumas mudanças de formação e também em seu nome (Suprema e Eternal Fate), até se instabilizar com Luís Domingos no vocal, Diego Tuxa e Fred Luis nas guitarras, Lukas Garcia no baixo e Kalu na bateria. Hoje o Krull é um dos emergentes do Heavy Metal Tradicional brasileiro, e fala um pouquinho sobre seus projetos, planos e trajetória.
Sobre o EP há 4 faixas para audição. A banda almeja lançar um álbum “debut” em breve? Em caso afirmativo, poderiam dizer o que o público pode esperar do mesmo e para quando o lançamento está previsto?
Luis Domingos: Esse EP, o Metal Swords and Fire, foi lançado em 2011,(físico), de forma independente, e em outubro de 2014, foi lançado pela gravadora Heart of Steel Records da Itália, para mais de 100 países, de forma Digital. No momento, estamos em fase de pré-produção do nosso novo álbum “Debut”, Ainda sem título e data indefinida, mas a banda está trabalhando arduamente, a todo vapor, nas músicas novas, e o que eu posso adiantar a vocês, é que, o disco será conceitual, ou seja, ele será inspirado e baseado nos contos do grande mestre do Sword & Sorcery, Robert E. Howard (criador dos personagens fictícios, Conan o Bárbaro, Kull o Conquistador, Solomon Kane, entre outros), porém com nossa “roupagem”, serão 9 faixas, sendo 8 músicas e uma intro, do mais puro Heavy Metal Tradicional “Oitentista”, e pretendemos lançá-lo no segundo semestre de 2016, mas antes, teremos algumas novidades no decorrer dessa nova empreitada.
O nome da banda é bem incomum. Conte-nos, de onde vem esse nome?
Luis Domingos: O nome Krull, foi adotado por mim, em 2015, primeiramente devido ao respeito pelos antigos membros que passaram pela banda, pela nova temática abordada. É um trocadilho ao nome “CROW”, que em inglês significa Corvo, KRULL tem a mesma pronúncia porém de escrita diferente, e uma singela homenagem ao grande mestre do “Sword & Sorcery”(Espada e Feitiçaria), Robert E. Howard, que criou em 1927 o personagem fictício, chamado “Kull, o Conquistador”, Kull é um dos mais célebres e violentos personagens criados por Robert, segundo os contos. E também uma homenagem ao Filme de Aventura, Fantasia e Ficção, de 1983, em que Krull é um planeta, onde o mal e o bem se digladiam.
Quais são as suas principais influências musicais, e de que forma isso influencia no estilo da banda?
Luis Domingos: Gosto muito do Heavy Metal antigo, dos anos 80/90, não menosprezando os atuais, Acredito que tudo que façamos hoje, fora criado lá, naquela época.
Minhas principais influências (dentro do metal) são: Iron Maiden, Judas Priest, King Diamond, Mercyful Fate, Angel Witch, Manilla Road, Jag Panzer, Medieval Steel, Manowar, Warlord, Cirith Ungol, Chastain, Running Wild, e muitos outros. Em homenagem às bandas clássicas do metal tradicional “oitentista”, nossas músicas são baseadas nesses ícones que fizeram história, tentamos resgatar a sonoridade, dessas bandas em nossas músicas (tanto no instrumental, quanto nos vocais), porém com nossa “pegada”, com nossa identidade.
Após 18 (dezoito) anos de banda, qual a avaliação que fazem da trajetória do Krull?
Luis Domingos: Foram anos incríveis e memoráveis, eu sou o único remanescente da banda, fundador ao lado do ex Guitarrista Tony Fernandes, estou desde o início, e posso te afirmar com todas as letras que, foi uma batalha muito árdua e intensa, confesso a vocês, que, não foi fácil chegar até aqui, enfrentamos muitas dificuldades, muitas adversidades, mas também tivemos muitas alegrias, e conquistas, diversas mudanças na formação, fizeram com que a banda amadurecesse, através dos anos, para digamos assim, algo melhor e maior.
Hoje olho pra trás, e vejo que cada membro, cada formação que passou pela banda, deixaram um pouco de si, e somaram, fazendo com que ela chegasse mais forte e consistente até aqui.
Acreditamos piamente que, nos próximos 18 anos, tenhamos grandes conquistas e glórias, mesmo sabendo que no Brasil, é tão difícil, de se ter uma banda de Heavy Metal, lembrando sempre que nosso público, e aqueles que sempre estiveram ao nosso lado, merecem o maior respeito possível, e estarão sempre em primeiro lugar.
Além de trabalhar duro na indústria musical, quais são as coisas que vocês mais gostam?
Luis Domingos: Quando não estou tocando, compondo, ou ouvindo músicas, gosto muito de ficar junto de meus animais, em casa tenho dois cachorros, e 20 gatos (risos), e eu também adoro assistir muitos filmes antigos, desenhos animados antigos, gosto muito de jogar jogos antigos de videogame, quando estou em casa passo a maior parte do tempo jogando, assistindo e tomando um bom vinho e café.
Quanto à cena Metal do metal BRASILEIRA, tem alguma banda que tenha chamado sua atenção?
Luis Domingos: Sim, percebi que nos últimos anos, há uma constante se revelando, de bandas com mulheres, e isso é bacana, prova essa de que o Metal foi feito pra todos, sem exceção. Há muitas bandas trocando os músicos homens por mulheres, espero que os caras não me troquem (risos), particularmente eu não gosto de bandas que cantam em português, não é o meu forte, mas tenho o maior respeito pela proposta de quem os faz, Eu tenho ouvido poucas bandas nacionais, mas uma banda que tem me chamado a atenção é, sem dúvida, o Axecuter, pois sinto a magia e o feeling do Heavy Metal oitentista, nas músicas dos caras, me faz lembrar das bandas clássicas da época, como por exemplo: Gates to Purgatory do Running Wild, com uma pitada de Venom, Muito foda cara!
E quanto à cena PAULISTA, quais bandas vocês tem ouvido e que chamaram sua atenção?
Luis Domingos: Olha pra falar a verdade, ultimamente não tenho ouvido muitas bandas brasileiras, mas eu acredito que as bandas do interior de São Paulo, são bem fortes, pois as condições são precárias e as dificuldades são imensas, isso move uma força maior a conseguir seu objetivo, as bandas da capital de SP, são mais estruturadas, mais estabilizadas, mas vejo que é no interior que a força está, e quem têm chamado a minha atenção é o Hellish War, pois estão na ativa há muitos anos, e o som é muito foda, esses caras têm todo o meu respeito, aqui em SP, há muita “panela” sabe? Sei que é chato falar sobre isso, mas precisamos ser verdadeiros, e sei também, que em muitos lugares do Brasil, é assim, mas fica difícil apoiar quem vira as costas pra nós, hoje, eu estou com 36 anos, mais de 20 anos, foram dedicados ao Metal, e hoje tenho um lema que diz o seguinte: “Só apoio e ajudo, quem me ajuda”. Do contrário, nem ouso em mencionar. Então aqueles caras, que um dia nós ajudamos, e eles não tiveram a humildade e a hombridade suficiente de lembrar, não faço questão mais, e quem sempre nos ajudou e nos apoiou, fazemos questão de lembrar para sempre. Eu estou falando isso em um todo, não apenas com músicos e bandas, estou falando de todos os profissionais envolvidos nesse meio, Na verdade isso explica a nossa temática abordada, e as letras das músicas todas cantadas em inglês, pois desde 1998, sempre pensamos em focar nossa música no Exterior,(se tivéssemos a pretensão de atingir SOMENTE o Brasil, cantaríamos em português), então nosso foco está lá fora, nosso objetivo é esse, manter o respeito pelos fãs brasileiros, porém atingir o exterior.
Qualquer palavra de sabedoria para compartilhar com os artistas iniciantes?
Luis Domingos: “Seja você mesmo, tenha identidade própria, arrisque-se mais, tente de novo, cultue bons amigos, faça direito, bem, e com boa índole, seja íntegro e paciente, ajude quem te ajuda, agradeça sempre quem te apoiou, humildade sempre em primeiro lugar, aceite as críticas, elas servirão para sua evolução musical e pessoal, e deixe de lado aquilo que te faz mal.”
Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Krull e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.
Luis Domingos: A todos vocês irmãos(ãs), que sempre nos apoiaram e nos ajudaram de algumas forma, o nosso muito obrigado, Saiba que tudo que fizemos ao longo desses quase 20 anos, foi com muita raça, dedicação e com muito amor ao Heavy Metal, e principalmente por respeito a vocês.
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